De olho na pandemia
A Delegada Patrícia Domingos e a ONG Fiscaliza Brasil formalizaram denúncia junto à Controladoria Geral da União (CGU)
Foto: Divulgação
Em razão dos graves fatos noticiados pela imprensa local, bem como em inspeções presenciais realizadas e divulgadas por parlamentares pernambucanos no Hospital Provisório Recife II, no bairro dos Coelhos, e pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), na Policlínica e Maternidade Barros Lima, em Casa Amarela, demonstrando a existência de leitos inoperantes e EPIs de baixa qualidade, a Delegada Patrícia Domingos e a ONG Fiscaliza Brasil formalizaram denúncia junto à Controladoria Geral da União (CGU).
A denúncia foi encaminhada ao canal exclusivo, criado pela CGU, para que qualquer cidadão possa enviar manifestações relativas à prestação de serviços, ou atuação de agentes públicos, relacionadas ao novo coronavírus.
Inclusive, em nota oficial, o Simepe informou que, na madrugada do dia 05/05, a tenda onde funciona a unidade de isolamento provisório da policlínica citada, precisou ser evacuada às pressas em razão de um curto circuito, sendo os pacientes removidos para outras unidades.
A Delegada e o Presidente da ONG, Thiago Lira, ainda constataram que, na área do site da Prefeitura do Recife, onde deveria conter informações sobre os gastos com o combate ao COVID-19, não há informação alguma.
“O prefeito do Recife tem tentado realizar gastos astronômicos com produtos e serviços que não se justificam em um estado de calamidade, como é o caso da compra de celulares para alunos das escolas municipais por R$ 1,6 milhões. A ausência da transparência impede a fiscalização por parte da população. Esse dinheiro é do povo e nós temos o direito de saber como ele está sendo gasto” declarou a Delegada.
O Presidente da ONG Fiscaliza Brasil informou que a prefeitura já recebeu em torno de R$ 22 milhões do Governo Federal e que irá receber mais R$ 157 milhões, e o uso desses valores precisa ser fiscalizado pela Controladoria Geral da União e também pela população, exigindo que a prefeitura do Recife passe a agir de forma clara, explícita, e alimente o portal da transparência com o detalhamento desses gastos”.
Enquanto pessoas morrem aguardando leitos e os heróicos profissionais da saúde são expostos a riscos, a prefeitura omite da população como esses valores são empregados. A delegada e o presidente da ONG também criticaram o fato da maioria dos vereadores não terem aprovado, na segunda-feira passada, dia 4, o projeto de autoria do vereador Renato Antunes, que previa a criação de uma comissão parlamentar provisória para fiscalização dos gastos públicos com a pandemia.
Delegada Patrícia Domingos
Pré-candidata à prefeitura do Recife (Podemos)
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