Clima na oposição fica pesado e Mendonça revela que está ofendido

E parece que o clima no bloco de oposição no Recife ficou pesado quanto aos rumos que o grupo tomará na eleição deste ano. Após o Podemos fechar decisão em torno da pré-candidatura da delegada Patrícia Domingos, rompendo a tentativa de construção de consenso em torno de uma candidatura única, o ex-ministro do governo Temer Mendonça Filho (DEM) revelou estar ofendido com a hipótese aventada de trocar sua pré-candidatura a prefeito para garantir um mandato de dois anos para seu filho, Vinicius Mendonça, no Congresso Nacional.

À colunista Renata Bezerra de Melo, da Folha de Pernambuco, Mendonça Filho classificou como insulto a possibilidade cogitada nos bastidores do bloco oposicionista. Em reserva, alguns nomes teriam feito o seguinte cálculo político: caso Daniel Coelho (Cidadania), que tem a simpatia do PL e do PSC, seja eleito prefeito do Recife, abriria uma vaga pela oposiçMão na Câmara Federal. Na primeira suplência está o ex-deputado Zeca Cavalcanti (PTB), que vem se viabilizando na corrida eleitoral para a Prefeitura de Arcoverde. Caso Zeca também logre êxito, quem emplacaria dois anos de mandato em Brasília seria o jovem Vinicius endonça.

Mendonça Filho classificou esse raio-x político como uma "agressão" e cravou que não abriria mão de disputar a Prefeitura do Recife pela ida do filho ao Congresso. "Isso me agride. Isso pra mim é um insulto. Eu não negocio pré-candidatura em troca de ida do meu filho ao Congresso. Ele foi com toda a garra, desempenhou muito bem, mas isso não está em jogo. Minha decisão não está subordinada à possível ida de Vinicius Mendonça para Câmara Federal. Até porque isso dependeria de duas eleições. Não estou à venda, nem vou trocar nada por candidatura a prefeito. Meu filho está muito bem como executivo de uma grande empresa", afirmou o democrata.