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Política

ARTIGO - O CREPÚSCULO DE UM MAU CARÁTER


Por: REDAÇÃO Portal

25/09/2024
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Por: ​​​Eduardo Romero Marques de Carvalho, advogado

Dois tipos de seres se predispõem a votar no Cafajeste Pablo Marçal: o Ser-Mal-Informado e o Ser-Mau-Caráter. Quanto ao primeiro... não sei. O Segundo é imortal.

​​Foi assim...

​​ Era o final de uma tarde ensolarada pelas bandas da Rosa e Silva, Maurício pediu uma parcial, iniciou a contagem dos ainda vivos, e por isso começamos a nos perguntar pelos faltosos. Quando se escutava “Fulano morreu” brindávamos Àquele que não mais Si-encontrava no meio nós, que foi partido, “ninguém sabe, prá Onde”. Na dúvida julgávamos pró-réu, esperançosos da ausência ter se motivado por um... probleminha doméstico, tipo uma inusitada falta de ar, tipo uma inaudita tonteira, tipo uma cãibra, tipo uma queda, tipo reações ao novo colírio... coisas que os valham.

​​Antes, sentávamos à beira da praia espiando o levantar e baixar das ondas, cubando belas criaturas, com seus olhares de um certo desprezo por tudo e a todos, vindo, indo e voltando, vagarosamente, ora subindo, ora... descendo, soberbas, pisando sem piedade, despreocupadamente, naquelas areias tenras, machucando nossos jovens corações ignorantes, desprevenidos, despreparados, indefesos, ávidos por amar, predispostos a sofrer. Agora... vivemos à sombra de um alpendre que se agiganta, e todas as cores vão se tornando pasteis.

Porém, fresca era a tarde naquele seu último suspiro de luz, enquanto o Lusco-Fusco rothkoniano tornava-se a planta carnívora capaz de nos embriagar com a sua mistura dos aromas das flores mortas e dos frutos apodrecidos, caídos, que nem miolos de pão, no centro da encruzilhada de um Passado Perdido, e que se distancia. Então, escancarando sua bocarra, o aquele Monstro somente aguardava o Instante Preciso para nos tragar goela adentro daquele túnel que de tão largo e tão longo não permite enxergar seu Fim.

Enquanto tudo acontecia, Alguns-Ali já se reviam de novo belos, invencíveis, e outros voltaram a sonhar com seus milhões. Caminhávamos ao inexorável final de festa, contando com o apagão das memórias carcomidas pela invisível maresia do Tempo. Mas ai...não se sabe que tipo de brisa soprou, nem de onde foi que ela veio. Sei dizer que os jambeiros e os sapotizeiros se agitaram, as palmeiras balançaram, e um sabiá voou, quando um Ser-Ali pediu notícias de Inho.

Quem sabe por que nos sentíssemos de várias formas e múltiplos motivos largados das horas, providenciamos a troca da toalha, copos limpos, novo balde com algumas saideiras, e um salutar debate teve início: que se fazer diante de um Canalha Conhecido, ou em face do recalcitrante Canalha Cordial?​De que forma e modos devemos nos comportar no exato momento em que um falso de Goulle adentra ao recinto e começa a se aproximar?

Alguns dos presentes entregavam a Deus a tarefa de julgar, punir ou absolver, quando então um de nós sugeriu: “Vamos de Bayer! Porque, se é Bayer, é Bom”!

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