Após Marílía receber apoios da direta, como o PSOL vai se posicionar?

Na política, apoios são importantes. Mas também o posicionamento de princípios é essencial. Com o anúncio do apoio de Bolsonaro à Delegada Patrícia no primeiro turno, o Cidadania, partido do vice da delegada Patrícia Domingos, de pronto negou o apoio do presidente. Agora, no segundo turno, Marilia Arraes (PT) está celebrando o apoio de ícones da direita pernambucana, perfis de políticos combatido pelo PSOL, legenda de seu vice, e até por parte do PT.

Anderson Ferreira (PL), um "terrívelmente evangélico" (como gosta de chamar o presidente Bolsonaro, que quando deputado apresentou o projeto do Estatuto da Família e foi a favor do impeachment de Dilma, hoje é prefeito de Jaboatão, e é o tipo claro de político abominado pelo PSOL. 

No entanto, Marilia, que se apresenta como feminista, já postou nas suas redes sociais foto sorridente ao lado de Anderson, que tem relação estreita com a ministra bolonarista Damares Alves. Aquela mesma que já soltou pérolas como “as feministas [estão] levantando uma guerra entre homens e mulheres”, “a mulher nasceu para ser mãe”, “gravidez é um problema que só dura 9 meses”, entre outras.

A candidata petista tem se mostrado também bem feliz com o apoio do Podemos, feito através de Ricardo Teobaldo, presidente estadual da legenda que lançou a candidatura da delegada Patrícia para prefeita do Recife. Aquela mesma que despencou nas pesquisas depois que os recifenses descobriram que ela chamava o povo da cidade de feio, que apelidou o Recife de “Recífilis” e já postou que “a maioria das pessoas só está viva porque é ilegal atirar nelas”. Ricardo Teobaldo ainda votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos apresentada por Governo Temer, combatida pelo PSOL e pelo próprio PT.

Agora é esperar as cenas dos próximos capítulos. Com a palavra, o PSOL.