Garoto morreu aos 5 anos ao cair do prédio de luxo no Centro do Recife

Foto: Ana Júlia Duarte/CBN Recife
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a ação que condenou Sari Corte Real e Sérgio Hacker ao pagamento de R$ 1 milhão à família do menino Miguel, que morreu em 2020, ao cair do 9º andar de um prédio de luxo, no Centro do Recife. A decisão pela suspensão da indenização por danos morais foi publicada no dia 6 de setembro, mas divulgada apenas nesta quarta-feira (18).
O processo tramitou, inicialmente, na Justiça do Trabalho, mas após uma sequência de recursos, chegou às instâncias judiciais superiores. Na liminar, o ministro Marco Aurélio Bellizze justificou que o pedido de danos morais deveria tramitar na Justiça comum, já que não está diretamente relacionado ao contrato de trabalho com Sari Corte Real.
"Um dos objetos da reclamação trabalhista, especificamente sobre a indenização por danos morais decorrente da morte da criança, não está relacionado ao contrato de trabalho em si, ainda que, no momento do fato danoso, existisse uma relação trabalhista entre as partes", detalhou na decisão.
Mirtes Renata Santana, mãe de Miguel, afirmou que irá recorrer da decisão: "Conseguiram uma liminar no STJ pedindo a suspensão do julgamento, alegando suposta incompetência. Mas a gente vai entrar com recurso contra essa liminar, porque a Justiça do Trabalho é competente, sim, para julgar dentro da ação trabalhista a morte do meu filho, porque ele morreu quando estava no meu ambiente de trabalho sob os cuidados da minha empregadora. Então, isso que eles estão fazendo é só uma jogada para atrasar o que, na realidade, Sari e Sérgio têm por obrigação pagar de nos pagar".
Outros processos estão em andamento nas esferas Penal e Civil. A família pleiteia o pagamento de danos morais pela morte de Miguel, que na época tinha 5 anos de idade e estava no ambiente de trabalho da mãe. Enquanto Mirtes passeava com o cachorro dos patrões no térreo, Sari Corte Real ficou responsável pelo garoto. Foi nesse intervalo de tempo que Miguel entrou sozinho no elevador, se perdeu no prédio e caiu de uma altura de 35 metros.
A patroa responde pelo crime de abandono de incapaz com resultado em morte. Inicialmente, foi determinada a prisão por 8 anos e meio. Em seguida, a pena foi reduzida para 7 anos. No entanto, até hoje ela responde em liberdade.
Com apuração da repórter Taynã Olimpia.
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 08/04/2025
Estado decreta ponto facultativo na Quinta-Feira Santa
Serviços considerados essenciais devem manter seu funcionamento regular
- Por REDAÇÃO
- 08/04/2025
MPF garante benefício para pescadores do Cabo afetados pela dragagem do Porto de Suape
O auxílio é uma compensação pelos impactos socioambientais da dragagem de...
- Por REDAÇÃO
- 08/04/2025
Mulher morre após queda de marquise em Belo Jardim, no Agreste do estado
Vítima sofreu uma fratura exposta na perna e um corte profundo na cabeça
- Por REDAÇÃO
- 07/04/2025
Protesto de estudantes bloqueia a BR-101 em Igarassu
No momento, a rodovia está fechada no sentido João Pessoa
- Por REDAÇÃO
- 07/04/2025
Queda de árvore deixa mulher ferida, derruba postes e destroi quiosques em frente à UFRPE
Comerciantes do local relatam que a prefeitura e a universidade sabiam do...
- Por REDAÇÃO
- 05/04/2025
Obra de esgoto no bairro de Afogados altera trânsito a partir desta segunda-feira
A intervenção vai acontecer na Rua Nicolau Pereira, entre a Estrada dos...