Pernambuco soma R$ 820 milhões em investimentos e supera marca de 2023
Novos projetos que receberão incentivos fiscais do estado foram anunciados nesta terça-feira (15)
Foto: Tony Holanda/Adepe
A Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) anunciou, na 128ª Reunião do Conselho Estadual de Políticas Industrial, Comercial e de Serviços (Condic), o investimento de mais R$ 70,4 milhões no estado, com capacidade de geração de 642 novos empregos: 505 no interior do estado e 137 na Região Metropolitana do Recife (RMR).
No total, 61 projetos, sendo 37 indústrias, 13 centrais de distribuição e 11 importadores atacadistas, vão implantar ou ampliar as operações em Pernambuco - boa parte voltados à atuação nas cidades do Agreste e Sertão. Em 2024, o estado soma cerca de R$ 820 milhões em investimentos e 3 mil empregos gerados, quantias que já superam os valores do ano passado em R$ 150 milhões.
Para o diretor-presidente da Adepe, André Teixeira, além de interiorizar, o foco está no diálogo com as pequenas e médias empresas, que muitas vezes não sabem que é possível investir no estado e ser contemplados por incentivos fiscais.
"Quando a gente traz uma grande empresa, ela representa uma grande fatia desse valor de investimento, mas estamos atrás também de incentivar os pequenos e médios. Isso faz com que muitos empregos sejam criados no interior. Estamos mostrando tudo que Pernambuco tem para oferecer, o que nosso governo tem para oferecer às empresas que aqui estão e as empresas que querem se instalar", declarou.
Dos 37 projetos industriais aprovados e apresentados, 11 terão concessão de incentivos fiscais pelo Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe); outros 26, pelo Programa de Estímulo à Indústria de Pernambuco (Proind).
Os números são avaliados positivamente pelo secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco Guilherme Cavalcanti. No entanto, o secretário reforça que o estado vai precisar manter a constante de crescimento após as adequações estabelecidas pela reforma tributária.
"Ela nivela o campo de jogo, então os diferentes tratamentos tributários que são dados pelos estados, de forma a atrair as empresas, deixam de existir. Ganha quem for mais competitivo de forma sistêmica. E é isso que a gente tenta promover aqui em Pernambuco, fazendo uma recuperação da nossa infraestrutura, ampliando o potencial da conexão dos nossos portos e aeroportos, melhorando a performance nas nossas estradas e, principalmente, ajudando a transformar o capital humano do futuro, que vai ocupar de forma competitiva essas indústrias", relatou.
Segundo a Adepe, 86 empresas anunciaram instalação ou expansão de suas operações em Pernambuco somente no primeiro semestre de 2024. E em nível de competitividade, o estado fica apenas atrás do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Reportagem - Lucas Arruda
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