Pernambuco recebe primeira cozinha solidária para população LGBTQIA+
A Casa Cores, em Petrolina, foi contemplada pelo projeto do Governo Federal
Foto: Reprodução/g1 Petrolina e Região
A Casa Cores, localizada em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, é uma das 12 organizações sociais brasileiras de assistência psicossocial à população LGBTQIA+ apoiadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio do projeto Acolher+. Agora, a unidade também conta com o programa Cozinha Solidária, iniciativa do Governo Federal que fornece alimentação gratuita à população em situação de vulnerabilidade e risco social.
O Cozinha Solidária é gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS). O novo espaço na "capital do Sertão" deve ser inaugurado em novembro, durante a Semana do Orgulho LGBTQIA+ de Petrolina. A expectativa é de que 270 refeições sejam oferecidas por mês, até cinco dias por semana.
A secretária Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Symmy Larrat, aponta que, enquanto Estado, é preciso combater a insegurança alimentar que atinge esse público.
“A cozinha atende não só as LGBTQIA+, mas o território onde essas casas estão. Criando uma relação das LGBTs com o território, com as famílias que estão nesse território, e que muitas vezes não são famílias LGBTQIA+. Trazer essas famílias para dentro desse espaço faz com que elas entendam a importância e evitem, no futuro, outros tipos de abandonos e de exclusões”, aponta.
Com a adesão ao Cozinha Solidária, a Casa Cores de Petrolina vai receber novos equipamentos, como forno e fogão industrial, além do recebimento de insumos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (APA). Atualmente, a unidade recebe R$ 4,6 mil por mês do MDHC para produção das refeições e contratação de dois profissionais bolsistas.
A secretária Symmy Larrat reitera que novas ações devem ser implementadas ao longo dos próximos meses.
“Outros programas também devem se conectar às casas e chegar às LGBTQIA+. Isso potencializa esse espaço, não só como espaço de acolhimento e de cuidado, mas como espaço de interlocução e de representatividade do território onde elas estão”, conclui.
O programa Acolher+ também está presente, no Nordeste, nas capitais Fortaleza (CE), Maceió (AL) e São Luís (MA).
Reportagem - Lucas Arruda
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