Pernambuco envia bombeiros para auxiliar no combate a incêndios florestais
O Brasil registrou 1.338 focos de incêndio até a última terça-feira (24)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Militares do Corpo de Bombeiros de Pernambuco (CBMPE) serão enviados para atuar na missão humanitária de combate a incêndios florestais no Norte e Centro-Oeste do Brasil. 11 bombeiros embarcam, nesta quarta-feira (25), para se juntar aos outros 43 agentes pernambucanos que já estão na missão.
O envio de mais bombeiros foi solicitado pelo Conselho Nacional dos Comandantes Gerais (CNCG) às corporações que não estão passando pela mesma realidade, devido a grande quantidade de focos de incêndio nas florestas e áreas de preservação ambiental nessas regiões do país.
Segundo dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Brasil registrou 1.338 focos de incêndio até a última terça-feira (24), e a Amazônia concentra a maior parcela das ocorrências - cerca de 57%.
O Comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Pernambuco, Francisco Cantarelli, explicou, em entrevista à TV Globo, que a ida dos bombeiros para ajudar no combate a incêndios florestais vai permitir uma troca de experiências.
“As nossas ações, em termos gerais, esão procedimentos quase que padronizados. O que diferencia são as questões de vento e relevo, que esses militares devem, quando chegar no seu local de trabalho, passar por uma instrução de nivelamento com os que já estão. Essa troca de experiências é essencial para a dinamicidade e a estratégia das ações, e com isso, esses militares ficam aí já habilitados para trabalhar nesses e em outros cenários”, afirmou.
Os militares levarão equipamentos individuais do próprio Corpo de Bombeiros de Pernambuco (CBMPE), mas também terão à disposição materiais disponibilizados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
O soldado do 5º Grupamento de Bombeiros Luiz Charamba será um dos enviados pela corporação em Pernambuco. Ele falou sobre a expectativa para integrar a missão.
“Aqui no nosso estado a gente já tem uma certa experiência. Eu, particularmente, sirvo no sertão, e todo ano temos enfrentado essas dificuldades. Vai mudar o bioma, mas o desafio é o mesmo. A gente está indo para longe, vai ficar um tempo longe de todos, e o apoio da família é fundamental para que se possa estar no terreno de forma segura, sabendo que todos vão ficar bem aqui”, disse.
O Brasil terminou o mês de agosto com o pior número de queimadas em 14 anos. Foram 68.635 ocorrências – o 5º maior número da série histórica, iniciada em 1998. Uma alta de 144% em relação ao mesmo período do ano passado.
Reportagem - Lucas Arruda
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