Mais de 1,2 milhão de pessoas com deficiência votarão nestas eleições, segundo TSE

Com um crescimento de 35,27%, o quantitativo de eleitoras e eleitores que se declararam Pessoa com Deficiência (PCD) passou de pouco mais de 900 mil nas últimas eleições presidenciais, para 1,2 milhão de pessoas.

Mais precisamente, foram 1.271.381 pessoas que declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida e que estão aptas a votarem no pleito de 2022. No entanto, elas não chegam a 1% do eleitorado total este ano: o público representa 0,81% dos mais de 156 milhões de brasileiros que podem participar das eleições deste ano.

Em 2019, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), o Brasil tinha 17,3 milhões de PCDs.

Para a Advogada Especialista em Direito da Saúde e pós-graduada em Direito da Pessoa com Deficiência Viviane Guimarães, é a falta do conhecimento da necessidade dos espaços de votação serem acessíveis para este público que causa esse distanciamento de números.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “com a finalidade de melhor atender essa importante parcela do eleitorado, a Justiça Eleitoral implantou diversos mecanismos que asseguram a essas pessoas a possibilidade de votar em locais com maior acessibilidade”.

O TSE aprimorou os softwares já existentes e instalou novos recursos de acessibilidade nas urnas eletrônicas que serão utilizadas nas Eleições 2022. Os equipamentos contarão este ano com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Um vídeo feito por uma intérprete de Libras será apresentado em todas as urnas eletrônicas preparadas para o pleito, que indicará qual cargo está em votação no momento

Isso, além do uso do sistema Braille e fones de ouvido, que serão disponibilizados nas seções eleitorais, para que e eleitores cegos ou com baixa visão recebam sinais sonoros com a indicação do número escolhido e o retorno do nome da candidata ou do candidato por meio do uso de voz sintetizada.

Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio disponível no play acima.