Justiça conclui processo contra Sarí Corte Real no caso Miguel

O processo do caso do menino Miguel Otávio de Santana está na fase de aguardar o juiz analisar os autos e sentenciar a situação de Sari Corte Real, que responde por abandono de incapaz. De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco não há um prazo para que o juiz emita a sentença.

O menino morreu aos 5 anos ao cair do nono andar de um prédio de luxo no Recife em 2 de junho de 2020. Na época o caso gerou protestos e notoriedade nacional com apoio da sociedade.

Miguel era  filho de Mirtes Santana, empregada doméstica que trabalhava na casa de Sarí Corte Real. Minutos antes da queda, Mirtes passeava  com a cadela dos patrões e deixou a criança sob os cuidados da acusada. 

O menino de 5 anos saiu para procurar a mãe e entrou no elevador e Sari, segundo as investigações da polícia, permitiu que ele fosse embora mesmo tentando convencer a criança de sair do elevador. Presa em flagrante, Sarí foi solta após pagar fiança de R$ 20 mil.

Dois meses depois do dia da morte do menino, a lei estadual "LEI Nº 17.020, DE 13 DE AGOSTO DE 2020 proíbe o acesso de menores de 12 anos desacompanhados por pessoas maiores de idade na área condominial ou pública. 

A mãe da criança, Mirtes Renata, fala da expectativa com a sentença. Mirtes comenta o andamento do processo que se arrasta há quase dois anos. A mãe do menino Miguel está confiante e pede apoio da sociedade.

Em nota assinada por quatro advogados e duas advogadas, a defesa de Sari Corte Real, disse que ela não teve intenção de expor Miguel a qualquer perigo. A defesa justifica ainda que na época outras crianças andavam sozinhas no elevador sem que isso fosse considerado conduta perigosa e classificam a situação como fatalidade.

Ouça a matéria do repórter Fernando Alvarenga, clicando no play acima.