Falta de EPIs pode ter contribuído para morte confirmada e outra suspeita por coronavírus em hospital do Recife

Profissionais de enfermagem que trabalham em hospitais públicos do estado acreditam que a falta de equipamentos de proteção individual contribuiu para a morte de duas técnicas em enfermagem, que atuavam no Hospital Getúlio Vargas, na zona oeste do Recife. De acordo com a categoria, as vítimas contrairam conoravirus na unidade de saúde e vieram óbito no último sábado.

Ana Cristina Tomé tinha 52 anos. Com histórico de diabetes, doença renal e pneumonia ela foi diagnosticada com covid 19. Betania Ramos, de 55 anos, era hipertensa, diabética e asmática grave. Já que estava de férias, ela deu entrada em uma UPA mas não resistiu e veio a óbito poucas horas depois.

A tese de que não há materias de proteção suficientes para os enfemeiros e técnicos ganhou força depois que um vídeo começou a circular nas redes socais em que uma profissional lamenta as mortes das colegas e diz que só dispõe de duas máscaras cirurgicas para 12 horas de trabalho.

O sindicato que representa os técnicos e auxiliares em enfermagem concorda que faltam epis. Ainda de acordo com a categoria, se condições atuais se manterem outros profissionais vão contrair o novo coronavirus.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde lamentou as mortes das servidoras e disse que tem monitorado permamentemente o abastecimento e os estoques de equipamentos de proteção individual nos hospitais da rede. Segundo o governo, já foram distribuidos 1,5 mi de insumos, entre luvas e mascaras, e nos próximos dias cerca de 5 milhões devem chegar às unidades.