Entidades relacionadas à vigilância em saúde de Pernambuco se pronunciam quanto à queda de parte do forro de gesso do teto do HR

Após a queda, na última segunda-feira (02) de parte do forro de gesso do teto do Hospital da Restauração (HR), no Recife, devido ao rompimento de uma tubulação de água potável, entidades relacionadas à saúde e vigilância do setor no estado se pronunciaram quanto ao caso.

O Conselheiro Estadual de Direitos Humanos, Cláudio Pinho, esteve presente na unidade de saúde e apontou outros problemas além das recorrentes infiltrações, como pacientes no chão, fios expostos e rachaduras. 

A Chefe de Fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco, Ivana Andrade, também esteve no HR. Ela confirmou a pontualidade do acontecido com a queda de parte do teto, mas sinalizou problemas ainda em aberto na unidade, como a presença de bolor e paredes molhadas.

O Presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Walber Steffano, confirmou os reparos feitos pela equipe de manutenção do hospital, no entanto, segundo o ele, os pacientes ficaram “amontoados na unidade de trauma”, devido ao vazamento.

O Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe), Maurício Matos, também confirmou a manutenção e a realocação segura dos pacientes ainda na segunda-feira, para outras áreas do hospital.

A Coordenadora Executiva da Associação de Defesa dos Usuários de Seguros, Planos e Sistema de Saúde de Pernambuco, Renê Patriota, em entrevista à CBN Recife, informou a abertura de uma ação civil pública sobre o caso.

O Governador Paulo Câmara também se pronunciou afirmando que serão redobrados os cuidados a todas as unidades de saúde do estado e que “estão garantidos todos os recursos necessários para qualquer tipo de intervenção necessária para a saúde”. 

Segundo a Secretaria de Saúde, “o problema foi pontual e não está relacionado à estabilidade estrutural do prédio”, no entanto, esse é o terceiro caso que acontece no Hospital da Restauração nos últimos anos, com ocorrências em fevereiro de 2019, abril de 2021 e janeiro deste ano, sempre causados por infiltrações. 

Na página do Cremepe é possível encontrar a descrição de um caso similar ao da última segunda-feira, mas ocorrido em 2009. Na época, o forro caiu num dos corredores da emergência do hospital.

Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio, disponível no play acima.