Empresa sinaliza intenção de abandonar porta-aviões no litoral pernambucano; Ibama aponta danos ambientais

Após meses de uma disputa judicial para fazer a atracação forçada do ex-porta-aviões São Paulo em Pernambuco, a empresa responsável pela embarcação quer abandonar o navio no mar. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que enviou notificação à empresa sobre os riscos de infração ambiental.O governo estadual é contra o recebimento do casco, pelo alto teor de risco ambiental. 

Gabriel Mendes, engenheiro ambiental, professor e mestre em tecnologia ambiental destaca os principais riscos que essa embarcação apresenta.

A embarcação contém uma carga de amianto, substância tóxica e cancerígena. No fim de 2022, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) negou o pedido de atracação da empresa, no Porto  de Suape.

O Ibama recebeu a notificação da intenção de "abandono definitivo" emitido pela empresa, na terça-feira (10). Diante do comunicado, o Instituto afirmou que tomará medidas cabíveis, que incluem notificação determinando o não abandono do navio, sob pena de cometer infração ambiental.

De acordo com Gabriel Mendes, algumas medidas devem ser adotadas caso o abandono realmente ocorra.

Segundo o Ibama, o casco se encontra em condições atuais de graves avarias. O navio é rebocado por outra embarcação em águas jurisdicionais brasileiras, nas imediações do litoral pernambucano.

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