Dispositivo de baixo custo permite contagem automática de ovos do mosquito Aedes aegypti

Dengue, febre amarela, zika, chikungunya. Todas essas doenças têm um início em comum: são arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. No mundo, mais de 400 milhões de pessoas são infectadas com essas doenças todo ano, e Pernambuco, por ser uma localidade de clima quente e úmido, faz com os ovos desse mosquito encontrem um local propício para se desenvolverem com mais facilidade, o que aumenta a proliferação do inseto do Estado.

Para conter o crescimento no número de casos das doenças provocadas pelo mosquito, programas de vigilância vetorial ajudam nesse monitoramento, mas atualmente é preciso ser feita uma contagem manual dos ovos do mosquito, uma atividade cara, demorada e exaustiva.

Foi pensando numa maneira de facilitar esse processo que o Mestrando em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Rodrigo Valentim desenvolveu um método de baixo custo para auxiliar a contagem de ovos do mosquito Aedes aegypti com menos intervenção humana, e, consequentemente, deixá-lo mais rápido, mais barato e mais eficiente. 

O projeto foi desenvolvido em conjunto com técnicos da Fundação Oswaldo Cruz Pernambuco (Fiocruz-PE). E segundo o pesquisador, esse novo dispositivo torna a vigilância epidemiológica do Aedes aegypti mais rápida, ajudando no monitoramento de transmissão de doenças, o que permite aos órgãos responsáveis poder detectar epidemias e planejar maneiras de controlar o mosquito. 

Agora, o objetivo de Rodrigo é melhorar o equipamento de digitalização das palhetas com os ovos do mosquito e torná-los mais rápidos.

Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio disponível no play acima.