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Data Magna: entenda a história que faz o dia 6 de março ser feriado em Pernambuco

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Por: REDAÇÃO Portal

A expressão “Pernambuco, meu País” tem uma explicação que foge à mania de grandeza do pernambucano

05/03/2024
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A expressão “Pernambuco, meu País” tem uma explicação que foge à mania de grandeza do pernambucano

Foto: Foto/Guilherme Camilo

Não é à toa que o pernambucano bate no peito e diz: "Pernambuco, meu País!". Historicamente, a expressão tem uma explicação que foge à mania de grandeza de quem mora no único estado brasileiro que um dia foi País.

Em março de 1817, durante a Revolução Pernambucana, a então capitania rompeu os laços com Portugal e se declarou República Independente. O feito, no entanto, durou apenas 75 dias, mas foi nesse período, inclusive, que se estabeleceu a bandeira tão apreciada de Pernambuco, que conta com Lei Orgânica e Representação Diplomática própria. A atitude foi o primeiro movimento de independência contra o Império Português, que mais tarde chegou a tomar o poder. 

Assim, o dia 6 de março, que deu início a Revolução no Estado, foi considerado a data cívica mais importante de Pernambuco, quando em 1995, a Legislação Federal, sancionada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, determinou que cada estado brasileiro escolhesse um dia que representasse a sua data magna, ou seja, o dia que fizesse referência a riqueza histórica, a formação da identidade do povo e as conquistas alcançadas ao longo do tempo. 

Mas até ser escolhido o dia mais importante de Pernambuco, o 6 de março - da Data Magna, disputou com outros momentos marcantes do estado e chegou a concorrer em consulta pública com o 13 de janeiro de 1825, dia da execução de Frei Caneca, um dos líderes de outra rebelião pernambucana, a Confederação do Equador; com o 5 de outubro de 1821, dia da Convenção de Beberibe; e com o 10 de novembro de 1710, dia do Grito de República.

Apesar do feito e da importância histórica, nem todo pernambucano e poucos brasileiros conhecem o momento único em Pernambuco, que para o historiador e professor da Universidade Federal de Pernambuco, George Cabral, deveria ser chamado “Dia da Revolução Pernambucana”. 

A data só se tornou feriado no calendário pernambucano em 2007, quando foram celebrados os 200 anos da Revolução Pernambucana. Com o dia, ficou estabelecido também um evento oficial que conta com hasteamento solene da bandeira do estado no Palácio do Campo das Princesas, e a colocação de flores no monumento dedicado aos revolucionários de 1817, que fica na Praça da República, no Centro do Recife.

Ouça a matéria da repórter Maria Luna no 'Play' acima. 

 

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