Violência no futebol pernambucano movimenta debate na Alepe

Com a participação de autoridades de diversos órgãos, a Comissão de Esporte e Lazer da Alepe debateu medidas que possam combater a violência em dias de jogos de futebol em Pernambuco.A iniciativa foi proposta, pelo deputado Pastor Júnior Tércio ( PP), que preside o colegiado. 

Para o parlamentar, medidas de combate à violência precisam ser adotadas urgentemente como a instalação do reconhecimento facial e o reforço do policiamento, assim como a implantação de ações coercitivas, caso seja necessário. Júnior Tércio também se colocou contra a torcida única.

“A cultura da paz e o respeito precisam prevalecer nos jogos de futebol, esse esporte que é uma paixão nacional, que une as pessoas. Não existe espaço para violência em nosso futebol”, destacou o deputado Pastor Júnior Tércio. 

Na ocasião, o gerente-geral do Centro Integrado de Operações de Defesa Social de Pernambuco, coronel Alexandre Tavares, comentou os esforços do poder público para coibir a violência em dias de jogos e informou que foi montado um grupo de trabalho específico para essa questão, o GT Futebol, que segundo ele, tem avançado na elaboração de estratégias.

Já o titular do Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo e Criminal do Torcedor, Flávio Fontes e o titular da Promotoria do Torcedor, o promotor José Bispo de Melo defenderam medidas como reconhecimento facial e instrumentos de interceptação de conversas por celular para  combater a violência em dias de jogos.

Em contrapartida, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, reforçou que Pernambuco é um dos estados mais seguros do Brasil em relação à segurança nos estádios. Mas, o presidente da Câmara Municipal do Recife, vereador Romerinho Jatobá discordou de Carvalho e cobrou das polícias uma fiscalização maior das redes sociais de torcedores. 

A deputada federal e pré-candidata a prefeita de Jaboatão, Clarissa Tércio ( PP), também ressaltou a importância do debate para toda a sociedade pernambucana e cobrou a adoção de medidas urgentes de combate à violência no futebol para que o torcedor possa voltar aos estádios com a sua família para assistir aos jogos em paz e com segurança. 

Também participaram do encontro o delegado de Repressão à Intolerância Esportiva, Raul Carvalho, o diretor de Planejamento Operacional da PM, coronel João de Barros, além de representantes de instituições como da Associação dos Cronistas Esportivos de Pernambuco, do Instituto Ademar Júnior, entre outras.