União Brasil pede troca de Romero Albuquerque por Socorro Pimentel na CCLJ
A base aliada do Governo Raquel Lyra confirmou a tentativa de troca de um integrante da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa. Nessa quarta-feira (27), o líder da bancada do União Brasil, deputado Romero Sales Filho, encaminhou a solicitação para que Socorro Pimentel substitua Romero Albuquerque, já na reunião da próxima terça-feira (2). A manobra visa garantir mais um voto favorável ao projeto do Governo que extingue as faixas salariais dos policiais militares e bombeiros de forma escalonada, até o ano de 2026.
A solicitação de Sales Filho foi enviada ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Álvaro Porto (PSDB), e está sob análise. A questão é que Romero Albuquerque foi eleito vice-presidente da CCLJ para cumprir dois anos de mandato. Na semana passada, o PSB, Republicanos e Psol formaram um bloco e trocaram William Brígido (Republicanos) por Rodrigo Farias (PSB). Com isso, na reunião da última terça-feira, seriam 6 votos contra a proposta do Governo e 3 a favor. Para evitar a derrota, a relatora do projeto, Débora Almeida (PSDB), retirou de pauta, gerando protesto dos militares presentes na reunião da Comissão.
Romero Albuquerque tomou conhecimento do pedido feito pelo líder da bancada através do contato do Blog Dantas Barreto e reagiu à decisão. “O Palácio se movimentou para me tirar da Comissão, agora a gente vai lutar para que não consiga. Nunca declarei ser oposição e nem da base do Governo. Sempre me posicionei de forma independente. Nos projetos importantes para o Governo e para a população, sempre votei a favor. O Governo está escolhendo deixar os deputados independentes na oposição. Está me empurrando para ser opositor. Mas vamos lutar até o final”, declarou. O grupo de Romero é aliado do prefeito do Recife, João Campos (PSB), e comanda a Secretaria dos Direitos dos Animais. Nesta quinta-feira (28), o aliado Luís Romero substituiu a esposa do deputado, Andreza Romero, no cargo para ela reassumir o mandato de vereadora.
Quanto à extinção das faixas salariais, os policiais militares e um grupo de deputados defendem que aconteça até 2025, por etapas, e não até 2026. O Governo do Estado argumenta que o custo é de R$ 1 bilhão e que não há previsão desses recursos no prazo que os militares desejam.