Presidência do PSOL em Pernambuco se pronuncia sobre desfiliações de nomes vinculados a Dani Portela
Foto: Divulgação/Fran Silva
Após o anúncio de desfiliação do PSOL por Jesualdo Campos, Fran Silva e Anderson Barbosa, diretamente ligados à deputada estadual Dani Portela, a presidência do partido em Pernambuco se pronunciou, afirmando que os três “anunciaram sua saída do partido publicamente antes que tivéssemos ciência e argumentam supostas divergências internas como a motivação”. A nota é assinada por Samuel Herculano, presidente do PSOL-PE.
Confira a nota completa:
“Nós, que construímos o PSOL Pernambuco, fomos pegos de surpresa com as desfiliações de Jesualdo Campos, Fran Silva e Anderson Barbosa, militantes vinculados ao mandato da deputada estadual Dani Portela. Os três anunciaram sua saída do partido publicamente antes que tivéssemos ciência e argumentam supostas divergências internas como a motivação.
Desde as eleições de 2018, o setor majoritário do partido apoiou, com grande ênfase, a trajetória política da atual deputada estadual Dani Portela. Foi assim na sua candidatura ao governo em 2018 e quando, após esse processo, o partido a contratou como advogada. Também apoiamos com grande ênfase nas candidaturas à Câmara Municipal do Recife em 2020 e a deputada estadual em 2022, quando o campo majoritário abraçou e deu condições estruturais necessárias para o êxito eleitoral.
Neste ano, o apoio deste campo foi fundamental para a consolidação de sua candidatura à Prefeitura do Recife. Não é por acaso que a parlamentar teve, nessas eleições, o maior orçamento de campanha da história do PSOL em Pernambuco. Além disso, brigamos publicamente pela candidatura de Dani em disputas dentro da Federação, como foi de conhecimento da sociedade.
O PSOL é um partido de construção coletiva. Divergências fazem parte dos processos internos de deliberação. A composição do Diretório Estadual reflete a correlação de forças entre as organizações do partido. Tanto a deputada quanto os quadros que pediram desfiliação já haviam solicitado saída de sua organização interna no início do processo eleitoral por não aceitar deliberação legítima da maioria de sua organização. Esse movimento levou os dirigentes vinculados a Dani Portela a uma aproximação política com o setor minoritário e antipetista do partido.
Nós, do PSOL, sabemos que, na construção coletiva, nem sempre a tese que um quadro defende será vencedora. É preciso construir na vitória ou na derrota e respeitar a decisão da maioria. O PSOL Pernambuco lamenta a saída desses quadros, mas reafirma seu compromisso inabalável com os princípios da coletividade, da representatividade e da democracia, para além de interesses de um ou outro grupo. Espero que os recém-desfiliados encontrem seu caminho político. Seguimos na luta pela construção de um Pernambuco e um Brasil radicalmente igualitário e com soberania popular”.