PL de Alcides Cardoso busca transparência no uso do dinheiro das multas de trânsito no Recife

O vereador Alcides Cardoso (PSDB) discusou, hoje (08), na reunião ordinária da Casa de José Mariano, em defesa do seu projeto de lei que dá transparência na arrecadação e na utilização do dinheiro do pagamento de multas de trânsito no Recife. Na sua fala, o parlamentar ressaltou que é preciso saber onde os recursos estão sendo investidos.

“A gente está trabalhando para o cidadão recifense ter mais transparência, abrir de verdade a caixa preta da CTTU. O que tem no site da CTTU são dados superficiais de 2021. A gente está quase em 2023 e não tem nada deste ano. O projeto de lei vai dar oportunidade ao cidadão de ter mais informações, de forma aprofundada e com maior frequência, sobre as multas. Que é sim uma caixa preta”, disse o oposicionista.

A proposta obriga a gestão municipal a publicar, mensalmente, o número de multas de trânsito aplicadas e o dinheiro arrecadado com elas, além de exigir ainda que seja informada de maneira detalhada a destinação dos recursos. O texto recebeu parecer favorável da Comissão de Acessibilidade e Mobilidade Urbana.

“Precisamos saber o quanto é investido em educação para que possamos ter um trânsito mais seguro. Não podemos ter uma lógica apenas arrecadatória, fortalecendo a indústria das multas. Vamos mudar essa realidade e conto com o apoio das vereadoras e vereadores desta Casa”, afirmou o tucano.

Caso seja aprovado, o cidadão recifense saberá se o montante arrecadado com as multas aplicadas está sendo investido, por exemplo, em educação no trânsito, engenharia de tráfego, engenharia de campo e sinalização, fiscalização, além do que é aplicado no Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset).

Nessa segunda-feira (7), Alcides Cardoso publicou um vídeo em suas redes sociais em que voltou a cobrar transparência no dinheiro das multas. O ponto escolhido para a gravação foi o cruzamento da Avenida Norte com a Rua Cônego Barata, onde está localizado um dos 11 novos pardais instalados em março deste ano, no Recife.

“Eu não questiono o objetivo de se colocar os pardais naquele ou em qualquer outro ponto e nem o que considero um número excessivo de equipamentos instalados. E sim a falta de acesso a como o dinheiro arrecadado com as multas é usado e se há o respeito ao que diz a lei sobre a sua destinação”, reforçou o parlamentar.