Pelo menos 89 deputados federais trocaram de partido no último mês
Encerrada neste sábado (2), a janela partidária, período que possibilita aos parlamentares de mudarem de partido sem risco de perderem o mandato, fez jus à sua função. Nada menos que 89 dos 513 deputados federais trocaram de legenda desde o início de fevereiro até o sábado. Os números ainda podem subir, visto que os partidos têm até o dia 15 de abril para enviarem suas relações de filiados à Justiça Eleitoral pelo sistema Filiaweb, então os números tendem a aumentar ainda mais.
O partido que mais lucrou na janela foi o PL do presidente Jair Bolsonaro. A sigla, que em 2018 elegeu 33 parlamentares, saltou para 73, sendo a maior bancada da cada. O PT, segundo maior partido, hoje soma 56 deputados, dois a mais que o número de eleitos há quatro anos. A terceira maior força agora é o PP, que soma 50 quadros, 12 a mais que na eleição passada.
Por sua vez, o União Brasil, lançado este ano após uma fusão entre DEM e PSL, literalmente derreteu. Oficializado em fevereiro com 81 parlamentares, sendo a maior bancada da Câmara, hoje a sigla de Luciano Bivar reduziu para 47, caindo para a quarta bancada. O Republicanos, com 45 (na eleição passada eram 30), e o PSD, com 43 (8 a mais que o ultimo pleito), completam a lista das siglas acima de 40 parlamentares.
O MDB de Raul Henry vem na sequência, com 35 deputados, apenas um a mais que na eleição passada. Em seguida, vêm PSDB, PSB e PDT, ambos com defecções. Os tucanos caíram de 29 eleitos para os atuais 27, enquanto os socialistas caíram de 32 para 25 e os pedetistas de 28 para 20.
PERNAMBUCO
Da bancada federal Pernambucana, apenas duas mudanças foram contabilizadas no site da Câmara. Augusto Coutinho, que deixou o Solidariedade para se filiar ao Republicanos, e Pastor Eurico, que trocou o Patriotas pelo PL. No entanto, outros nomes devem comunicar à Casa suas novas filiações. São os casos de Túlio Gadelha, que já divulgou sua saída do PDT para o Rede Sustentabilidade; André Ferreira (PSC), que deve seguir para o PL; e Marília Arraes, já anunciada como pré-candidata ao Governo do Estado pelo Solidariedade, após sair do PT.
