Os efeitos da janela partidária que inicia amanhã
Amanhã começa a "janela partidária", como é chamado o prazo de 30 dias para que deputados federais e estaduais possam mudar voluntariamente de partido com vistas às eleições deste ano, sem que sofram sanções dos seus partidos com a perda de mandato.
Vale lembrar que esse prazo legal não beneficia os vereadores, que poderão perder seus mandatos caso optem por trocar de partido. À exceção se fizerem um acordo com a direção partidária, o que salva eventuais pedidos de cassação.
A janela, portanto, é uma oportunidade para fortalecer as candidaturas majoritárias, mudando a atual configuração das coligações.
Situação inusitada vive o PSB, já que tramita desde setembro do ano passado uma representação da bancada federal pedindo a expulsão do deputado estadual Clodoaldo Magalhães, pré-candidato a deputado federal, por - segundo parlamentares socialistas - ferir o código de ética do partido. A direção do PSB resolveu silenciar e não se manifestou até o momento, o que indica querer afastar o deputado Clodoaldo, mas, aparentemente, a cúpula estava esperando a janela eleitoral para que o deputado possa sair espontaneamente, sem tantos ruídos.
O PSB deve eleger a maior bancada de deputados federais e estaduais. Com a proibição das coligações proporcionais, o número de socialistas eleito pode ser maior que em 2018, haja vista que serão menos chapas concorrendo e também com chances de bater o quociente eleitoral. E o PSB controla a máquina estadual há 16 anos, ou seja, tem as condições de fazer uma ampla bancada, sobretudo na Assembleia Legislativa.