Opinião | Vitória Garantida
O quadro atual que se aproxima das eleições no Equador é de extrema gravidade. Como se não bastasse o acirramento que se faz presente nas disputas eleitorais, recentemente, um dos candidatos à presidência da República foi assassinado logo após sair de um comício. Infelizmente, o acirramento e a ânsia pelo poder faz com que alguns tenham suas vidas ceifadas.
Com o trágico falecimento de um dos candidatos, fica agora a expectativa do resultado eleitoral daquele país. Ora, se fosse no Brasil, certamente não precisaria de muito esforço para saber o que iria acontecer. Provavelmente, o candidato (a), que o sucedesse seria vitorioso. Por aqui, as tragédias possuem o poder de decidir disputas eleitorais. A comoção leva muitas vezes ao eleitor “compensar” o sinistro com o sucesso nas urnas. Na ânsia pela vitória, parte da propaganda eleitoral é construída buscando tirar proveito. Sendo assim, se já não possuía proposta, o cenário favorece a esconder a fragilidade da candidatura. Transformando o eleitor em carpideira.
O constitucionalista da Revolução Francesa, Condorcet, se esforçou para tentar entender o mecanismo que guia uma eleição. Segundo ele, era necessário compreender a dinâmica da escolha dos candidatos e a possibilidade de previsão com relação ao resultado das eleições. Aqui em Sucupira, certamente não teria dificuldade para encontrar respostas, algo que talvez não se possa dizer com relação ao Equador.
Olinda, 18 de agosto de 2023.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.