Opinião | Protagonismo histórico

     O ser humano é algo difícil de ser estudo e mais ainda de ser entendido. Muitos possuem uma síndrome que tem amparo na necessidade de protagonismo. Para tanto precisa ser o centro das atenções. Caso contrário, procurará desqualificar qualquer coisa que seja criada por outrem. Na verdade, não admite que ninguém brilhe mais do que ele. Não significa dizer que quem criou algo esteja procurando brilho. Mas o possuidor da síndrome do protagonismo enxerga o semelhante, sempre como uma ameaça ao seu destaque. Assim como existem pessoas portadoras da síndrome do protagonismo, a postura adotada pelos USA, no que tange ao momento que se vive na Faixa de Gaza, merece um olhar clínico. Salvo melhor juízo, embora Tio Sam se comporte como xerife do mundo, não se contenta em ser coadjuvante em nada. Para ele, só serve se for o protagonista, mesmo que milhares de pessoas tenham suas vidas ceifadas.
     A tão esperada ajuda humanitária, infelizmente, só terá sucesso se Tio Sam for visto como o principal interlocutor. Caso contrário, ainda se terá por bastante tempo, notícias da barbárie predominando no Oriente Médio. 

P.S. Alguém sabe informar, se o conflito entre Rússia e Ucrânia acabou?

Olinda, 21 de outubro de 2023.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.