Opinião | O visto e o que não se viu
Há muito tempo não se via uma posse tão festiva do superintendente da SUDENE como a de Danilo Cabral.
Por trás do movimento em torno da posse há evidências de novas arrumações políticas em Pernambuco, simbolizadas no peso da representação presente ao ato, que contrastou com eventos anteriores, meramente burocráticos, desde a extinção da SUDENE, em 2001 pelo governo FHC e mesmo após sua recriação em 2003, no governo Lula.
O resultado eleitoral de 2022 ensejou a oportunidade do novo arranjo de forças políticas no estado, agrupandotradicionais lideranças do PSB com lideranças do PT, que se sentiram pouco representadas nas escolhas dos partidospara indicação ao governo Lula, a exemplo do novo superintendente Danilo Cabral,Milton Coelho, Secretário no MDIC e Paulo Câmara, Presidente do BNB, ex-governador de Pernambuco.
O grupo conta ainda com petistas como os Senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, além de Dilson Peixoto, Carlos Veras e Doriel Barros.
Ao contrário do ambiente cordial e ameno mostrado nas redes sociais, o clima entre os socialistas é tenso e radicalizado em razão da exclusão dos quadros históricos dos processos decisóriosdo partido e da recente inclusão do PSB ao bloco do centrão liderado pelo Presidente da Câmara Arthur Lira.
O evento da posse foi, segundo integrantes no novo campo político, o primeiro de um “eventograma “que está sendo planejado para se realizar até o final de 2023.
As placas tectônicas da política pernambucana começou a ter outra arrumação para os próximos anos e só o tempo dirá se o novo arranjo vai dissipar a força do PSB conforme propagou a governadora Raquel Lyra em recente entrevista.
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