Opinião | O silêncio dos culpados
Por Hely Ferreira*
Quando o acusado comparece diante do Estado-juiz, é informado que lhe é facultado o direito ao silêncio, sem que a referida conduta seja levada em prejuízo para sua defesa, pois é um direito que lhe é garantido. Acontece, que nem sempre o silêncio é visto como algo positivo e não rara as vezes em que é adotado como postura, poderá passar a ideia de alguém que não possui opinião formada a respeito de algo, ou que deseja tirar proveito da situação na tentativa de agradar gregos e troianos. Em alguns momentos, o silêncio pode ser encarado como a arma dos covardes. Para tanto, basta lembrarmos da postura antagônica entre os fariseus e os saduceus. Mas quando perceberam que o silêncio era arma mais importante que tinha para realizar o projeto de morte contra jesus, não postergaram em adotá-lo.
Ficar em silêncio, nem sempre é visto como prudência, muito menos a melhor forma de encararmos os desafios. Bem sabemos, que expor nossos anseios, estaremos correndo o risco em causarmos tristeza a terceiros que temos certa estima, principalmente quando os tempos sombrios ganham notoriedade e para surpresa de alguns, surgem figuras que deixam de ser porta voz dos que ao longo da história foram colocados em segundo plano e adotam posturas escabrosas, não por convicção, mas por conveniência, procuram defender o indefensável.
P. S. O Programa Ilumina a Vista, tem como principal finalidade iluminar as ruas do Recife, evitando que as pessoas caiam em algum buraco?
Olinda, 29 de outubro de 2022.
Sem ódio e sem medo.
*Cientista político