Opinião | Na escola dos horrores
Muitos acreditam que o papel da tecnologia é o de motor do desenvolvimento econômico. Mas isso não elimina o seu lado destrutivo que tem gerado na sociedade. Não foi debalde a crítica desenvolvidapor Herbert Marcuse, com relação ao que se entende por sociedade industrial. Tomando como exemplo a sociedade norte-americana, considerando-a que ela caminhava com o intuito de transformar em uma sociedade unidimensional, pois controlava todas as áreas da vida pública e privada. Segundo o frankfurtiano, a produtividade tecnológica poderá ser aplicada para destruir o ser humano e a natureza, assim como a própria tecnologia. Sendo assim, Marcuse conclui que essa racionalidade tecnológica é utilizada para praticar atos irracionais. Além de que, leva o indivíduo a procurar uma padronização e uniformização do comportamento social.
Não é de hoje que se têm notícias de casos de grandes ataques em escolas dos Estados Unidos da América. Falamos aqui de verdadeiras chacinas. Durante muito tempo, ingenuamente se achava que era restrito a Terra do Tio San. Ledo engano! O modelo de padronização universal defendida naquele país ganhou proporções e lamentavelmente seguidores. No Brasil onde os educandários eram vistos como um lugar seguro, aos poucos vem se tornando no local dos horrores. O caso mais recentefoi de uma escola localizada no Estado de São Paulo, onde um adolescente ceifou a vida de uma professora nas dependências da escola.
Seria bom que servisse de exemplo para nós o nacionalismo e a defesa das instituições democráticas tão valorizadas pela grande potência mundial, mas infelizmente, parece que o modelo de violência é o que tem sido por aqui priorizado.
P.S. Desafio existir alguém que mais prometa e não cumpra, que o chefe do Poder Executivo da Cidade do Recife.
Hely Ferreira é cientista político.