Opinião | Governabilidade maldita
Depois de três derrotas consecutivas tentado chegar à Presidência da República, o Partido dos Trabalhadores aprendeu que sem o apoio de outras colorações partidárias e ideológicas, provavelmente não chegaria ao comando do Planalto Central. Sagrando-se vitorioso na última eleição presidencial,iniciava-se um grande desafio aquele é considerado o maior partido de “esquerda” da América Latina. Governar o Brasil nunca foi tarefa fácil. O maestro Tom Jobim já disse que o Brasil não é para amadores. Acontece que em nome do pragmatismo,leia-se governabilidade, qualquer governo busca se aproximar e se possível fazer alianças muitas vezes bem distante do que se entende por republicanismo.
Não rara às vezes, visando cumprir promessas de campanha, alguns governantes acreditam que o principal caminho é buscar apoio de adversários eleitorais. Por aí, pode-se entender um dos motivos da ampla aliança criada em 2022, em torno da candidatura do atual Presidente da República. Na ânsia de derrotar quem estava à frente da Presidência da República.
Nos últimos dias, por intermédio da imprensa, estão surgindo denúncias envolvendo o Ministro das Comunicações que pertence a um dos partidos aliados do atual governo. Com efeito, as denúncias devem ser apuradas e sendo verdadeiras, as penalidades deverão ser aplicadas para o bom desempenho da nossa República.
P.S. Recife será agraciada com título de Capital Nacional dos buracos.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.