Opinião | Café requentado
O fim da Segunda Guerra Mundial fez nascer influenciada pela Doutrina de Truman o que se denominou de Guerra Fria. Tornando-se visível a divisão do mundo entre bloco capitalista e bloco socialista. Com efeito, em especial a região latina americana, viu se multiplicar em seu seio, o discurso da ameaça de um “fantasma”, fazendo com que fosse dada vazão para o surgimento de ditaduras em boa parte dos países do continente, entre eles o Brasil. Mais de cinquenta anos se passaram, o discurso permanece e tendo gente que acredita. Por outro lado, no que tange ao modelo eleitoral pátrio, muito de discute e pouco se avança. Na verdade, algumas propostas apresentadas com intuito de resolver alguns problemas, não passam de um café requentado. Agora já se fala em acabar com o direito da reeleição para os cargos executivos. Em especial, o Presidente da República, teria um mandato de cinco anos. Ora, já foi testado no Brasil e foi retirado. Basta lembrar o tempo do mandato do Senhor José Sarney. Na mesma vertente, reclama-se do modelo adotado para eleger vereadores e deputados. Alguns defendem que a melhor forma é o majoritário, ou seja, ganha o mais votado. Mais um café requentado, precisa apenas lembrar que na Primeira República, utilizou-se três sistemas eleitorais, coincidentemente, todos com variações majoritárias.
P.S. Ouvir não significa realizar.
Olinda, 01 de setembro de 2023.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.