Opinião | Apenas começando
Não se sabe se será cumprido, mas o atual presidente da República Federativa do Brasil costumava bravar que não seria candidato à reeleição. Naturalmente, passou a se especular quem seria o candidato que teria o seu apoio nas eleições presidências de 2026. Tornando-se um ministro com muita aparição na mídia, o Senhor Flavio Dino passou a ser lembrado como o herdeiro do espólio eleitoral de Lula. Entretanto, contra ele pesava não ser filiado ao PT. Por eliminação, o nome mais lembrado é o do ministro Fernando Haddad. O estigma de não ser petista de origem é algo que não pesa contra ele. Entretanto, como o ciúme também se faz presente no mundo da política e em alguns momentos mais fortes do que nas relações amorosas, o líder mor do Partido dos Trabalhadores terá que usar da sua habilidade política para aparar arestas. Afinal, gostem ou não, o Senhor Luiz Inácio Lula da Silva é uma figura que possui popularidade imparagonável na política nacional. E a mesma não foi adquirida da noite para o dia, mas ao longo dos anos se forjou principalmente na política sindical.
A chegada do novo ministro do STF, aparentemente pode passar ideia de que uma etapa foi resolvida. Engana-se quem assim pensa. Na verdade, surgiu outro. Há quem argumente que o PSB vai perder espaço no governo, pois diminuirá a quantidade de ministérios comandado pela sigla “socialista”. Ora, no que tange ao primeiro escalão, o único ministro que pertence à cota do PSB é o Senhor Márcio França. Os demais são tão somente da vontade do presidente da república.
P. S. Parabéns ao Grupo Alcano pelos seus 50 anos.
Olinda 13 de janeiro de 2024.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.