Opinião | A diminuição da taxa de desemprego e a recuperação da construção civil em Pernambuco
Por Artigo André Teixeira Filho
A mudança que Pernambuco precisava aconteceu e já é possível mostrar em números. Relembrar é preciso, a governadora, Raquel Lyra, assumiu a gestão com um grande desafio, virar o jogo contra o desemprego. Em 2017 Pernambuco ocupou a pior colocação no nível de desemprego do país, com uma taxa de desemprego de 18%, aproximadamente. Durante a pandemia essa taxa chegou a 21% em 2021.
Mas encontramos o caminho para reverter esse cenário. Aumentamos o investimento público em infraestrutura e outras áreas prioritárias, reestabelecemos a confiança do investimento privado e valorizamos as atividades vocacionais do estado. O resultado é que chegamos a pouco mais de um ano de gestão com uma redução drástica no desemprego. A taxa de desemprego caiu ao menor patamar desde 2015 - foram nove longos anos de prejuízo aos pernambucanos. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mais recente evidencia o resultado desse trabalho: Pernambuco registrou uma média de 11,5% de desemprego entre abril e junho de 2024, uma queda de 2,6 pontos percentuais na comparação com o mesmo período do ano passado, onde a taxa foi de 14,2%. Essa foi a maior redução entre os estados do país para esse período.
Quando observamos os empregos com carteira assinada o cenário é ainda mais otimista. Os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, apontam para uma criação de 3.992 novos postos de trabalho formal, em junho de 2024, o que representa um aumento de 760% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram gerados apenas 464 novos empregos.
Não existe fórmula mágica, mas encontramos um caminho para essa recuperação. Mais investimento público de qualidade. O programa Morar bem, por exemplo, recuperou a força da construção civil e do mercado imobiliário (serviços), impulsionando a oferta de unidades habitacionais. O município do Recife que encontrava-se com apenas 52 unidades habitacionais lançadas em 2022 saltou para 238, apenas no primeiro trimestre de 2024. O resultado, entre os setores que puxaram a geração de empregos formais os setores de serviços e a construção civil destacaram-se. É esse o caminho, mais investimento público, otimismo e confiança do setor privado, criação de empregos.
Ainda há muito para fazer e os números de agora não podem nos deixar confortáveis, mas é uma demonstração de que Pernambuco mudou para melhor.
Presidente da Associação de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe)