No Entre Agendas, governador avalia situação do PSB após eleições: “Nós diminuímos muito, e quando se diminui muito, perde força política”
O programa Entre Agendas, comandado pelo jornalista Elielson Lima, realizou uma nova entrevista, agora com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). O encontro foi no gabinete e o socialista falou sobre a derrota de seu candidato e correligionário Danilo Cabral nas urnas.
Paulo relata que as eleições para o Governo de Pernambuco foram atípicas, pois os cinco principais candidatos ao cargo estavam na disputa e tiveram votações competitivas. Porém, elogia Danilo. “Era o único candidato que tinha, efetivamente, um plano futuro, porque isso na política está faltando”, afirmou, explicando que existe, atualmente, uma preocupação muito maior com os resultados a curto prazo. O governador diz que, apesar do preparo, a população queria uma renovação no poder, e que é necessário respeitar essa escolha e desejar sucesso a Raquel.
Ainda falando sobre questões de dentro do seu partido, o PSB, o governador fala do seu papel na aproximação da sigla com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele conta sua história com Lula, se aproximando durante seu primeiro mandato, aponta que todas as dificuldades enfrentadas após esse período os aproximaram. “Isso criou uma unidade, que já existia, mas foi ampliada em relação aos governadores do Nordeste, que terminou sendo um foco de resistência a tudo aquilo que o Brasil estava passando”, analisa o governador.
Após a saída do presidente eleito da prisão, Paulo afirma que os dois continuaram a conversar e tiveram encontros para debater o futuro, pela percepção de que Lula era o candidato que precisava enfrentar Bolsonaro nas urnas para a Presidência. “A percepção nossa é que o PSB ter apoiado o presidente Lula e ter também, ao mesmo tempo, a possibilidade de indicar o Geraldo Alckmin a ser vice do Lula, foi muito importante para vencermos as eleições. Eu acho que estão de parabéns todos que fazem o Partido dos Trabalhadores, todos que fazem o PSB, por terem tido esse momento de deixar as diferenças de lado e de nos unirmos em favor do Brasil. E com certeza, agora, a gente vai reconstruir junto também esse novo Brasil”, finaliza Paulo Câmara.
O governador também avaliou o tamanho do PSB após as eleições. O partido que não elegeu muitos candidatos, ficando com uma bancada de 14 federais na Câmara dos Deputados. Paulo ressalta que o vice-presidente do País faz parte da sigla, e que apesar de a eleição nacional não ter sido ideal, em Pernambuco o PSB elegeu os cinco deputados federais planejados. Além disso, no Estado, o PSB tem uma bancada significativa na Alepe e diversos prefeitos. “O PSB tem muita força em Pernambuco e vai continuar tendo”, disse. Paulo avalia que agora é necessário estudar como crescer nos outros estados. “Nós diminuímos muito, e quando se diminui muito, perde força política, o que só novas eleições vão nos permitir a voltar a ter condições de ter força política como já tivemos”, conclui.