“Não podemos normalizar o feminicídio. As mulheres de Pernambuco estão pedindo socorro”, lamenta Alessandra Vieira
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Deputada estadual e candidata a vice-governadora de Pernambuco, Alessandra Vieira reclama da inoperância do Governo do Estado na proteção da mulher. “Não é possível que as pernambucanas tenham que conviver com esse medo de morrer e com a própria morte diariamente como se isso fosse normal, sem que o poder público tome qualquer atitude, cruze os braços para essa alarmante realidade”, disse a deputada em referência ao registro de três feminicídios em Pernambuco apenas na última semana.
Nesta quarta-feira (10/08), Juliana Maria de Souza, de 26 anos, foi encontrada morta com sinais de asfixia dentro da sua casa em Catende, na Mata Sul do estado, e o seu namorado é o principal suspeito. Na última terça-feira, Fernanda Mirtes da Silva, de 19 anos, foi encontrada morta dentro de uma casa no bairro de Prazeres, em Jaboatão do Guararapes, e seu companheiro foi preso, suspeito do crime.
“Só de janeiro a junho deste ano, oficialmente, foram 40 mulheres assassinadas pela questão de gênero. E o que vem sendo feito para nos proteger? Quantas Renatas, Julianas e Fernandas ainda terão que morrer para que políticas públicas sejam executadas com comprometimento e eficiência para salvar nossas vidas?”, cobra Alessandra.
Uma das mortes foi registrada no Recife, no último domingo (07/08), dia em que a Lei Maria da Penha completou 16 anos. Renata Alves Costa, tinha 35 anos e foi assassinada com um tiro na testa, dentro do seu apartamento, no Recife. “Não podemos ser tratadas apenas como estatísticas. Não podemos normalizar o feminicídio. As mulheres de Pernambuco estão pedindo socorro”, reforça a deputada.
Só no primeiro semestre deste ano, a Secretaria de Defesa Social (SDS) registrou quase 20 mil casos de violência doméstica e familiar contra mulheres em Pernambuco. Alessandra é autora da Lei 17.394 que institui o Programa de Registro de Feminicídio de Pernambuco. O objetivo é acompanhar e analisar a evolução das violências cometidas contra a mulher pernambucana, através do mapeamento das regiões em que a violência é mais incidente, além de auxiliar na criação de políticas públicas para este público no estado, de acordo com a necessidade de cada localidade.