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Política

“Não me coloco como oposição ao presidente Lula”, afirma Raquel Lyra ao Estadão


Por: REDAÇÃO Portal

Entrevista foi publicada pelo jornal paulistano nesta quarta-feira (13)

13/11/2024
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Entrevista foi publicada pelo jornal paulistano nesta quarta-feira (13)

Foto: Hélia Scheppa/Secom

A governadora Raquel Lyra (PSDB) concedeu uma entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo (Estadão), publicada nesta quarta-feira (13), em que afirma não ser oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, Raquel criticou a decisão do partido em permanecer fora da base do governo. As declarações vêm em meio aos rumores de que a gestora estadual estaria a caminho do PSD, de Gilberto Kassab.

"Defendo a postura de independência. Vivemos um momento delicado no País e no mundo. Precisamos fazer do Brasil um país grande por sua estabilidade, segurança jurídica, economia verde, logística, como polo consumidor, como produtor de alimentos. O mundo ainda tem fome e precisamos construir esses consensos e ter uma agenda para o País. Por isso não me coloco como oposição ao presidente Lula", afirmou.

Quando questionada sobre a transição de partido, Raquel Lyra (PSDB) alegou ter uma relação "muito sólida" com Kassab e o PSD, construída ao longo dos anos.

"O presidente do PSD em Pernambuco, André de Paula, é um grande parceiro da nossa gestão. Conseguimos fortalecer o partido (PSDB) na última eleição e temos conversado sempre, assim como temos conversado com lideranças de outros partidos. Mas coloco aqui que, sim, há uma proximidade forte com o Kassab e com o PSD", disse.

Apesar de receber convites de outras legendas, a governadora reforçou que "o foco é cuidar do Estado e qualquer decisão será comunicada". Ela ainda celebrou o crescimento do PSDB em Pernambuco nas eleições municipais de 2024, finalizadas com o número de prefeitos elevado de cinco para 32.

"Sou grata ao partido pela oportunidade de disputar e ganhar três eleições, mas faço discussões internas. Discordo de posições que o partido vem tomando, como a oposição sistemática ao governo Lula. Precisamos de unidade e consenso para que o Brasil possa enfrentar os desafios do combate à pobreza e das desigualdades regionais e para o crescimento sustentável", declarou Raquel.

Entre outros temas, Raquel Lyra também comentou sobre 2026. Ela acredita que, assim como em 2022, o cenário será de polarização. Não houve citações a João Campos (PSB), cotado como possível oponente pelo governo estadual.

"(...) Quando chegamos numa eleição que envolve Congresso, Presidência, claro que descola um pouco dos municípios e parte para um projeto de Brasil, de Estados. Penso eu que diante desse cenário haja ainda polarização, mas temos que lutar por quem luta por consensos”, disse.

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