Mundo política lamenta morte de Magdalena Arraes
Por João Campos
Hoje é um daqueles dias difíceis. Se despedir da minha bisavó Magdalena aperta o peito e nos faz lembrar de tanta coisa, de tanto exemplo, do tanto que nos ensinou. Ela sempre foi um pilar de força em nossa família, uma mulher altiva, sensível e firme, sobretudo nos momentos mais difíceis.
Liderou processos e inspirou transformações que até hoje nos influenciam. Neste momento de luto, nos unimos em lembrança e gratidão por tudo que ela representou e nos ensinou. Que Deus possa realizar o seu reencontro com o meu bisavô Miguel Arraes no céu.
Por Antônio Campos
Hoje, 11 de julho, às 03:40h da madrugada, partiu desse plano Magdalena Arraes, assistida pela família, numa passagem tranquila. Uma grande mulher e avó, com quem compartilhei momentos importantes da minha vida.
Ela foi a grande baluarte da preservação do acervo e do legado de Arraes, no Instituto Miguel Arraes. Deu-me a honra de presidir a instituição por 10 anos, sob sua liderança, cujo acervo está atualmente na Fundação Joaquim Nabuco, levado em minha gestão.
Uma missão que ela anteveu. Foi fundamental na vida do meu avô Arraes e na nossa família, uma das grandes admirações de minha vida e com quem convivi e muito aprendi.
Gostaria de destacar a sua grande caridade para com os próximos, especialmente os pobres. Quantas vezes vi, de forma silenciosa, ela fazer caridade, sem bater o sino. Se sem caridade não há salvação, ela, mulher de fé, está sendo recebida nos braços do Senhor, o grande misericordioso.
Fica a saudade e o seu exemplo para as próximas gerações. Minha avó, descanse em paz, a senhora cumpriu a sua missão.
“Estás na fímbria do tempo / de um dia bem costurado; / dele se esvai o perfume / de um nunca mais acabado.’’ (Magdalena Arraes).
Com admiração e grande amor do seu neto. Eternas saudades.
Olinda, 11 de julho de 2024.
Por Maria Arraes
É com imenso pesar, mas também com gratidão eterna pelo seu legado de amor e generosidade, que celebro a memória da nossa querida vovó Mada, uma mulher inspiradora, que dedicou sua vida à família e à educação.
Durante minhas andanças pelo Estado, muitas vezes escuto lembranças do povo sobre ela, sobre como cuidava e se dedicava a cada ação que se propunha a fazer. E na família também era assim! Quando conheceu vovô Arraes, ele já era viúvo e tinha oito filhos, e todos eles se transformaram em uma extensão do amor de vovó por vovô. Cuidou de cada um deles como se fossem seus e ainda teve mais dois filhos para completar o time. Para os netos e bisnetos, sempre dava livros de presente. Professora, incentivava nossa leitura, nosso conhecimento, nossa imaginação.
Vovó Mada vive em nós!
Por Marília Arraes
Uma das primeiras integrantes da família a se manifestar sobre a morte de Madaglena Arraes, a ex-deputada Marília Arraes escreveu o seguinte em suas redes sociais:
“A certeza da missão cumprida. Foi assim que minha avó, Magdalena Arraes, deixou hoje este plano. Nossa amada vovó Mada viveu incríveis 95 anos. E eu tive o privilégio de ser sua neta por 40, quanto honra!
Poucas pessoas fizeram tão bem ao mundo quanto ela fez. À frente do seu tempo, corajosa, de uma generosidade e um senso de justiça imensos. Agradeço a Deus pelos caminhos dela e de meu avô terem se cruzado e, com isso, meu pai e tios tiveram uma família unida e forte, em meio a tantas adversidades que atravessaram, com golpe militar, prisão, tantos anos de exílio, volta ao Brasil, vitórias e derrotas, altos e baixos.
Sem você, vovó Mada, não seríamos quem somos hoje! Eu não seria quem sou, se não fosse sua neta, sem que você tivesse compartilhado sua sabedoria e apoio gentil, leve e ao mesmo tempo tão forte, em tantas horas cruciais.
Um dia, minha Magdalena, tão pequena, vai entender a responsabilidade e o orgulho de carregar o nome da bisavó.
Que Deus, Nossa Senhora e Santa Maria Magdalena te recebam com carinho aí no céu.
Muito obrigada por tudo, vovó! Vai em paz, dá um beijo em vovô e diz a ele que a luta de vocês a gente tá tocando em frente por aqui!
Com amor, Marília.