Lula participa de ato político no Parque do Povo, em Campina Grande
Foto: Bruna Couto/g1
O ex-presidente Lula (PT) cumpriu agenda de pré-campanha nesta terça-feira (2) em Campina Grande, ao lado dos pré-candidatos ao governo da Paraíba e ao Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e Ricardo Coutinho (PT), respectivamente. O principal compromisso do candidato à presidência foi um ato aberto ao público realizado no Parque do Povo, durante a tarde. Mais cedo, ele se reuniu com lideranças religiosas.
O evento começou por volta das 15h, mas o discurso de Lula aconteceu no início da noite. Na fala, ele comentou os questionamentos do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. “O que ele tem medo não é das urnas eletrônicas. Ele tem medo é do povo brasileiro", declarou.
Durante o discurso, Lula criticou a fome, defendeu o aumento real do salário mímino e citou programas sociais criados em seu governo. Na ocasião, ele ainda falou contra as privatizações e sobre "recuperar o controle da Petrobras".
Também estiveram presentes no evento a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) e o ex-senador Lindembergh Farias (PT), além de lideranças políticas estaduais e integrantes de movimentos sociais.
Encontro com lideranças religiosas
Pouco depois de chegar à cidade, o primeiro compromisso de Lula foi iniciado no final da manhã, por volta das 11h50, no Garden Hotel. Tratou-se de um encontro fechado com lideranças religiosas de várias vertentes. Compareceram ao local padres, pastores, representantes espíritas e líderes de religiões indígenas e de matrizes africanas.
“Eu queria agradecer a vocês pelo gesto e pela imagem que vocês ajudaram a promover no dia de hoje Nós somos capazes de convivermos todos juntos na diversidade política, religiosa, futebolística, cultural. Nós não precisamos ser iguais”, disse o candidato do PT em discurso.
Falando de diferenças, Lula comentou o processo de escolha de Geraldo Alckmin (PSB) como candidato a vice-presidente.
“Tem hora que a gente precisa juntar os divergentes para que a gente possa derrotar os antagônicos", disse o petista citando o educador Paulo Freire.
Na fala aos religiosos, Lula também chamou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de "genocida". Para o candidato do PT, o adversário na disputa pelo Planalto "vai ter que carregar nas costas a responsabilidade de pelo menos metade das pessoas que morreram pela Covid, que ele poderia ter evitado".