Liana Cirne cobra participação de Raquel Lyra em ações para revitalização dos rios que cortam o Recife
Vereadora petista promove audiência pública para debater a situação dos rios que cortam o Recife e a RMR nesta quinta-feira, às 9h
O assoreamento, descarte de resíduos sólidos e ocupação das margens dos rios que cortam a cidade do Recife e a Região Metropolitana serão debatidos, nesta quinta-feira (18), às 9h, em audiência pública no Plenarinho da Câmara Municipal do Recife.
De acordo com a vereadora Liana Cirne (PT), que promove o debate, não há como resolver a situação dos rios sem a participação do Governo do Estado. “No Recife, por exemplo, temos 99 rios, córregos e riachos, sendo os mais importantes os rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió. Muitos deles tiveram seus cursos alterados ou canalizados, comprometendo a absorção das águas das chuvas. Mas esses rios cortam várias cidades, o que pressupõe um plano de ação amplo, com participação dos municípios e também do Governo do Estado”, explica.
Liana, que também é presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara do Recife, destaca que o cuidado com o meio ambiente é obrigação tanto da União, quanto dos Estados e municípios.
“O meio ambiente não tem divisas. O lixo jogado no rio atravessa várias cidades até chegar ao mar. O Rio Capibaribe, por exemplo, corta 41 municípios antes de chegar ao Recife. O Beberibe nasce em Camaragibe, passa por Olinda até se encontrar com o Capibaribe e ‘formar o Oceano Atlântico'. Mas a realidade não é tão romântica. Antes de encontrar o Capibaribe, o Beberibe, que determina os limites de Recife e Olinda, recebe águas e dejetos do Canal da Malária e do Vasco da Gama, que passam por áreas carentes do Recife e de Olinda, que contribuem para o assoreamento do rio”, detalha.
Já o Tejipió, que nasce em São Lourenço da Mata, delimita a divisa de Recife e Jaboatão. “Na comunidade de Sapo Nu, na margem recifense do rio, onde estivemos no ano passado e este ano, a distância entre as margens do Rio Tejipió é de apenas um metro. Esse é o nível de assoreamento dos nossos rios no Recife e outras cidades da RMR. Quem esteve nas comunidades, como muitos vereadores do Recife, sabe que o nível do rio sobe um metro em poucos minutos e em meia hora invade as casas”, relatou Liana.
Para Liana, a solução para o problema passa necessariamente pela ação coordenada da União, Estado e municípios. “Infelizmente, não há nenhum convênio assinado entre o Governo do Estado e a Prefeitura do Recife para cuidar dos nossos rios. A última iniciativa conjunta nesse sentido foi o PAC Beberibe, lançado pela presidenta Dilma Rousseff, em 2012”, destaca.
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