Governo vira o jogo na Comissão de Finanças da Alepe e projeto original das faixas salariais vai a plenário

A base governista conseguiu inverter, nesta terça-feira (30), a situação criada pela oposição ontem, ao derrotar o projeto substitutivo que alteraria os prazos para extinção das faixas salariais dos militares, na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa. O placar de 5 a 4 foi apertado, mas suficiente para manter a proposta do Governo do Estado de nivelar os salários até 2026. O projeto original irá para o plenário, na próxima semana, mas o substitutivo também poderá ser apresentado no momento da votação.

Ontem, o projeto da deputada Gleide Ângelo (PSB) havia sido considerado constitucional na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ), depois que o PL trocou o deputado Renato Antunes pelo Coronel Alberto Feitosa que é favorável à antecipação para 2025.

O projeto original será votado no plenário, na próxima semana e serão necessários, pelo menos, 25 votos para ser aprovado. A governadora Raquel Lyra (PSDB), sempre que perguntada sobre o resultado que espera, diz “será aprovado por maioria” e que espera a compreensão dos deputados.

Conforme a proposta enviada pelo Governo, o fim das faixas salariais dos policiais e bombeiros militares será escalonada, iniciando neste ano com a Faixa A. Em 2025, seriam extintas as Faixas B e C, ficando para 2026 a Faixa D. Dessa forma, as duas categorias passam a ter salários correspondentes à Faixa E. Além disso, o Governo estabelece reajustes de 3,5%, 3,5% e 3% ano a ano. De acordo com o Governo, o custo total será de R$ 1,8 bilhão.

Representantes dos militares e deputados da oposição defendem que a Faixa A acabe neste ano e as demais em 2025. Também se queixam de que não houve diálogo e nem negociação sobre os percentuais dos reajustes. Alegam também que os recursos poderão ser aprovados no orçamento do próximo ano.

Enquanto o Governo aposta na maioria no plenário, os opositores prometem lotar as galerias da Assembleia Legislativa com PMs e bombeiros para pressionarem os parlamentares.