Em sua volta com o ex-presidente Bolsonaro, jornalista Leandro Magalhães tem celular apreendido pela PF
Diante da sede do PL em Brasília, o repórter Leandro Magalhães relatou um episódio controverso ocorrido ao deixar a aeronave que trouxe Jair Bolsonaro de Orlando a Brasília nesta quinta-feira (30). Ele viajou duas poltronas atrás do ex-presidente.
“Um agente da Polícia Federal pediu meu celular. Eu entreguei o celular que estava usando para fazer imagens ao vivo dentro da aeronave”, contou.
“Ele afirmou que eu não poderia fazer imagens naquela área. Ele estava com toda razão. No entanto, eu estava ainda saindo da aeronave. Ele pegou o celular e disse ‘só vou entregar quando você estiver entrando num carro, fora aeroporto’. Eu disse: ‘ok, mas não estou entendendo o que está acontecendo’.”
Leandro acredita que a equipe da PF não queria que ele registrasse o deslocamento de Bolsonaro até uma sala reservada, sem acesso aos demais passageiros, onde o ex-presidente teria sido comunicado da proibição de sair pelo saguão do desembarque internacional. No local, um pequeno grupo de apoiadores o aguardava.
“Normas são normas. Nós seguimos as normas, entendemos. Mas a forma como foi feito, só entregar o celular na saída do aeroporto, não condiz com a liberdade de imprensa”, afirmou o repórter na interação com a âncora Elisa Veeck.
Baseado na capital federal, Leandro Magalhães se destacou nos últimos anos por conseguir declarações exclusivas de Bolsonaro para a CNN Brasil. O ex-presidente conversou algumas vezes com o canal ao longo de sua estadia de 3 meses na Flórida.