Dados do TCE apontam que Itamaracá e Aliança são as cidades com mais ex-prefeitos fichas sujas
O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE) realizou a divulgação dos ex-prefeitos com contas rejeitadas que também foram derrotados pelas respectivas Câmaras de Vereadores, porém, a lista teve inovações neste ano. Com informações do Blog do Magno.
Esse material, disponibilizado pela internet, é sempre alvo de questionamentos, mas servirá de base para que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) julgue os registros de candidatura daqueles que constarem na lista. E em alguns municípios a situação é vergonhosa, como Aliança e a Ilha de Itamaracá, cada um com quatro ex-prefeitos ficha suja.
Na Ilha de Itamaracá, na Região Metropolitana, há um agravante: o atual prefeito, Paulo Batista Andrade (Republicanos), teve as contas rejeitadas em 2015 e 2016, e a Câmara de Vereadores referendou a decisão do TCE. Mesmo assim, ele foi eleito em 2020 para um novo mandato. Além dele, Paulo Geraldo Xavier (três contas rejeitadas), Marcos Augusto Cordeiro dos Santos (duas vezes) e Rubem Catunda da Silva Filho estão na lista dos fichas sujas. Por sua vez, em Aliança, na Mata Norte, os ex-prefeitos que constam na lista do TCE são Azoka Gouveia (três contas rejeitadas), Carlos José de Almeida Freitas (duas vezes, já falecido), Cláudio Fernando Guedes Bezerra, conhecido como Kaká (duas vezes), e Elane Vieira da Silva.
Em Maraial, na Mata Sul, outro caso de envergonhar: dois ex-prefeitos tiveram três contas rejeitadas cada. Foram os casos de Marcos Antônio Ferreira Soares, o Marquinhos Maraial, reprovado nas contas de 2010, 2011 e 2012; e de Maria Marlúcia de Assis Santos, de 2013, 2014 e 2015. Significa que o município teve seis anos sucessivos de má administração, segundo a corte de contas.
Na individualidade, a liderança ficou para três ex-prefeitos, cada um com cinco contas rejeitadas. Na lista estão João Mendonça, de Belo Jardim (2002, 2003, 2004, 2006 e 2015); o Doutor Edberto Quental, de Condado (2007, 2008, 2009, 2011 e 2012); e Henrique Fenelon, de Goiana (2006, 2008, 2009, 2011 e 2012).
Uma coincidência pitoresca uniu os ex-prefeitos Romeu Jacobina, de Ribeirão, e Gilvan Sirino, de Santa Cruz. Ambos foram eleitos em 2012, e tiveram os quatro anos de seus mandatos com todas as contas rejeitadas pelo TCE e posteriormente também reprovadas pelas Câmaras de Vereadores.
Vale ressaltar que há outros prefeitos e ex-prefeitos que tiveram contas rejeitadas do período em que foram secretários municipais ou presidentes do Poder Legislativo local. Para estes casos, a palavra do TCE é a final. A estes gestores, ainda cabe recorrer à Justiça Eleitoral para tentar concorrer sub-júdice, caso seja do interesse. Mas será que estas credenciais de fichas sujas interessariam aos eleitores?
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