Coluna da terça | O futuro do PSDB passa pelo Nordeste
Foi sob o comando do pernambucano Bruno Araújo que o PSDB nacional sofreu significativas baixas: perdeu o comando de São Paulo depois de 28 anos, viu sua bancada na Câmara Federal minguar para apenas 13 deputados eleitos no dia 2, e pela primeira vez desde 1989 não disputou a Presidência da República.
O líder tucano terá o trabalho de reposicionar a sigla na cena nacional. Nomes como Pedra Cunha Lima, Raquel Lyra e Eduardo Leite terão papéis fundamentais no processo de reconstrução da legenda que já governou o País por duas vezes e nunca mais voltou ao Planalto. Diferente de outras ocasiões, o PSDB ainda tem saída na oxigenação dos quadros e de quem comanda.
Se os três candidatos a governadores da legenda obtiverem êxito, é a real chance do partido se soerguer. Um novo PSDB poderá sair das urnas no dia 30 e com um novo epicentro: o Nordeste. Se Raquel e Pedro forem vitoriosos, têm tudo para comandarem a sigla e reconstruírem o protagonismo nacional. Tudo isso está também nas mãos de Bruno Araújo, que terá um papel fundamental na condução da executiva em todos os sentidos.
Por fim, não é de hoje que o PSDB teve no Nordeste seu ponto de partida. Quando o saudoso Sérgio Guerra comandava o ninho tucano nacionalmente, ele conseguiu construir a partir daqui um partido com novo quadros que militam até os dias atuais. O trabalho de Bruno Araújo é evitar que a sigla se torne mais uma nanica que se perdeu com o tempo. Para isso, tem que ficar claro quais são as prioridades do presidente da sigla neste 2º turno.
GOVERNO DEPOIS – A candidata Raquel Lyra, por onde passa e com quem conversa, deixa claro que seu objetivo é a campanha. “Governo vamos discutir depois”, foi o que disse na sabatina em uma rádio local, evitando falar num eventual secretariado. A tucana aproveitou para criticar a candidata adversária por fazer concessões na articulação política.
NOS BASTIDORES – Candidato a senador na chapa de Marília, o deputado André de Paula (PSD) está desempenhando com muita discrição e força política o papel de articulador-mor da campanha da neta de Arraes. Ele vem agindo fortemente nos bastidores ao ponto de ter seu nome lembrado para Casa Civil num eventual governo Marília.
DISSIDENTE – Chamou a atenção o voto da vice-prefeita do Recife, Isabela de Roldão (PDT), em Raquel Lyra. Ela foi de encontro ao entendimento seu partido e contra a decisão do seu prefeito João Campos, que já posou ao lado da prima-candidata. Até agora não ficou claro porque ela fez esse movimento. “O presidente Lupi vai me entender”, disse ela, se referindo ao dirigente nacional do PDT.
RÁPIDAS
MAL ESTAR – Com seis meses de gestação, a candidata Marília Arraes (SD) teve um mal-estar e foi constatado um pico de pressão. Ela cancelou toda a agenda da noite de ontem. A expectativa é saber se ela vai ou não ao debate de hoje promovido pela FIEPE em parceria com a CBN. O embate está sendo aguardado por todos, pois será o primeiro entre elas nesta eleição. Marília optou em não participar de nenhum no 1º turno.
GESTO DE GRANDEZA – Ao saber que a adversária tinha passado mal, a candidata Raquel Lyra (PSDB) usou as redes sociais para desejar melhoras à adversária. Esse gesto de grandeza foi aplaudido por aliados da tucana. Uma coisa são os embates de campanha, outra completamente diferente é a vida privada.
SEMANA DAS PESQUISAS – Em Pernambuco, estão registradas três pesquisas para esta semana: hoje tem a Real Time Big Data, na quinta-feira (20) será o Veritá e na sexta-feira (21) a Potencial. Pesquisas para todos gostos e com diversas metodologias. Lembrando que pesquisas não são prognósticos, são diagnósticos.
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PINGA-FOGO: Como virão os números das primeiras pesquisas neste 2º turno em Pernambuco?
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