Coluna da sexta | O peso de João Campos na reta final da campanha de Danilo

Desde o início da campanha eleitoral, havia uma grande expectativa da influência que o prefeito do Recife, João Campos, teria no pleito deste ano. Com o passar do tempo, essa presença foi ganhando corpo e por consequência aumentando sua responsabilidade no resultado. 

Nesta reta final, foi ao lado de João Campos e sob sua coordenação que o candidato Danilo Cabral fez seus maiores eventos na Metropolitana, onde se concentra a maior densidade eleitoral do estado. A boa avaliação do gestor no Recife poderá influenciar o voto metropolitano, sobretudo entre os indecisos, beneficiando o candidato do PSB ao Governo. João é de longe o grande eleitor do Estado e num eventual segundo turno tentará repetir seu feito diante da própria prima em 2020. 

DESAFIO – Com o fim das coligações, os partidos tiveram que montar suas próprias chapas. Entre os nomes que estão na disputa de federal este ano, Daniel Coelho (Cidadania) é o que tem o maior desafio, pois terá que atingir no mínimo a marca de 120 mil votos para ter a reeleição como realidade. O viés de alta que vive Raquel Lyra poderá tornar isso realidade pela vinculação quase majoritária que Coelho fez com ela.

OUTROS NOMES – Nesta mesma situação estão Wolney Queiroz (PDT), Túlio Gadelha (Rede), Ricardo Teobaldo (Podemos), Raul Henry (MDB) e Waldemar Oliveira (Avante), que substituiu seu irmão Sebastião Oliveira, que aceitou ser o vice da candidata Marília Arraes (SD). 

ESQUENTOU – O debate presidencial promovido pela TV Globo esquentou logo no início entre os candidatos que polarizam nas pesquisas, Lula e Bolsonaro. Os sucessivos pedidos de respostas aceitos transformaram o início do programa numa troca de farpas entre presidente e o ex. 

BATE BOLA - Os candidatos Padre Kelman (PTB) e Bolsonaro (PL) fizeram um verdadeiro show de cumplicidade durante o debate da Globo. O reverendo se transformou num “coroinha” do presidente Jair Bolsonaro, servindo de bandeja às perguntas que o chefe do Executivo queria responder.  

CABO ELEITORAL – O Padre Kelman não passou ileso do debate da Globo. A candidata Soraya Thronicke (UB) chamou-o de “cabo eleitoral” de Bolsonaro.  “Você não passa de um padre de São João”, disparou ela. O ex-presidente Lula, também no confronto com o “padre”, disse que “candidato laranja não respeita regras”. 

RÁPIDAS 

CIVILIDADE – Num show de civilidade, os candidatos Felipe d'Ávila e Simone Tebet fizeram também dobradinha para trazer temas dos seus planos de Governo. Em resumo, o debate de fato que as pessoas procuraram sobre temas do dia a dia ficou entre eles e ponto final. 

FIM DO GUIA – Com o término da propaganda eleitoral gratuita de Rádio e TV, os candidatos ao Governo de Pernambuco vão apostar nas agendas de rua, sobretudo na Região Metropolitana do Recife (RMR), onde se concentra a maior densidade eleitoral.  

PINGA-FOGO: Quem venceu o debate presidencial?