Coluna da segunda | Vitória de Raquel Lyra abre um novo ciclo político em Pernambuco
Com uma vitória maiúscula obtida nas urnas, no dia de ontem, a governadora eleita Raquel Lyra (PSDB) inaugura sob seu comando um novo ciclo na política pernambucana. O tamanho do reconhecimento popular representa um recado à classe política de que a sociedade aposta em novos paradigmas de Governo e na maneira de fazer as articulações.
Raquel sintetizou em si ao longo da campanha todo o desejo de mudança e de fazer diferente do que estava posto há anos. Esse depósito de confiança dos pernambucanos é de imensa responsabilidade, ao mesmo tempo que precisará ter respostas enérgicas no curto, médio e longo prazos da gestão.
Por fim, a eleição de Raquel quebrou alguns tabus: primeira mulher a ser eleita governadora, primeira chapa composta por mulheres (ela e Priscila) e primeira candidatura ao Governo vinda do interior.
FORÇA DE PRISCILA – A vice-governadora eleita Priscila Krause (Cidadania) saiu do processo eleitoral muito maior do que entrou. Sua capacidade de articulação e diálogo foi bastante exercitada durante a semana de luto vivida por Raquel. Na virada do primeiro para o segundo tempo da eleição, com uma enxurrada de apoios, Priscila foi firme para suprir todas as ausências da titular e chamou para si a responsabilidade da campanha.
SINALIZANDO PARA LULA – Durante seu primeiro pronunciamento como governadora eleita, Raquel Lyra disse que vai procurar o presidente Lula e o parabenizou pela vitória: “Quero parabenizar o presidente Lula, dizer que com ele, já a partir do início do ano que vem, vamos buscar projetos, ações, investimentos necessários para superar este momento desafiador que nosso país vive, assim como Pernambuco”. Mesmo já passada a eleição, ela preferiu não revelar seu voto pessoal.
UNIÃO – Em sua primeira fala como presidente eleito, Lula prometeu unir o País. O petista disse que foi eleito para governar para todos, mas que os mais necessitados são prioridade. Ele terá um trabalhado dobrado para de fato unir o País: o recado das urnas ficou muito evidente e independemente do resultado de ontem o bolsonarismo sobrevive e poderá chamar a coincidência.
ALEPE - Com a vitória de Priscila Krause como vice-governadora, Socorro Pimentel assumirá a titularidade do mandato na Alepe já em janeiro. Isso porque a vice eleita precisará renunciar para tomar posse ao lado de Raquel Lyra. Socorro também venceu as eleições de outubro, porém terá sua chegada antecipada em um mês.
RÁPIDAS
SAIU GIGANTE – O prefeito de Vicência e coordenador da campanha de Raquel na Mata Norte, Guilherme Nunes, saiu muito grande da eleição. Além da relação direta com a governadora eleita, Guiga – como é conhecido popularmente – mostrou à cúpula da campanha seu tamanho regional. A vitória da tucana coloca ele em outro patamar no Estado.
DESELEGANTE – Foi decepcionante o cancelamento da coletiva de imprensa por parte da candidata Marília Arraes (SD), após a derrota a eleição. Ela optou por falar através de nota. Marília perdeu a oportunidade de falar para os seus mais de dois milhões de eleitores e agradecer o voto. Que por sinal, frisou muito a vitória de Lula, se colocou à disposição do futuro governo e não tornou público seus parabéns à governadora eleita Raquel Lyra.
PERNAMBUCANOS NA LISTA – Finalizado o pleito e com a vitória de Lula, começam as especulações em torno da sua equipe ministerial. Três pernambucanos ganham força na bolsa de apostas: os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão e o governador Paulo Câmara. Costa pela cota pessoal do presidente e pela história dentro do PT, Teresa porque poderia trazer Silvio Costa novamente ao protagonismo no Congresso e Paulo pela relação com o PSB.
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