Coluna da segunda | Lançar Humberto Costa é pressão do PT pela definição do candidato da Frente Popular
A aprovação do nome do senador Humberto Costa para disputar o Governo de Pernambuco, ontem, pela direção estadual Partido dos Trabalhadores (PT), tem dois significados práticos. Primeiro, consolidar a aliança do partido de Lula com a Frente Popular, em seguida exercer uma pressão pela definição do candidato majoritário do PSB.
Esse movimento foi invertido em 2012, quando o PSB colocou quatro nomes na mesa para forçar uma definição do PT naquela pré-campanha, diante do imbróglio interno da sigla petista. Como os petistas não alcançaram a unidade, o ex-governador Eduardo Campos aproveitou a brecha para produzir Geraldo Julio. O resto da história você já sabe.
Portanto, essa decisão reforça que o PT tem vontade de indicar um nome para a chapa majoritária da Frente Popular. O problema é que faltam opções de projeção estadual para consolidar o posto de vice ou senador. Fala-se no deputado Carlos Veras e no ex-secretário Dilson Peixoto, que é da preferência do senador Humberto Costa.
ESQUENTANDO PARA 22 – Com cara de chapa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (sem partido), participaram de um jantar do grupo Prerrogativas, que reúne advogados, juristas e artistas em um restaurante renomado em São Paulo. O evento angariou mais de R$ 300 mil em doações para a campanha Tem Gente com Fome.
PSB – Com as conversas de vice caminhando a passos largos, Geraldo Alckmin está bem inclinado a se filiar ao PSB e garantir o espaço na chapa de Lula. A jogada do petista atrai o mercado financeiro e leva a chapa para uma guinada ao centro. O governador Paulo Câmara também esteve no jantar e vem auxiliando na transição de Alckmin do PSDB papara o PSB.
DE OLHO EM BRASÍLIA – O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eriberto Medeiros, está avaliando a possibilidade de disputar um vaga na Câmara Federal no próximo ano. Hoje, o nome é do seu filho e vereador do Recife, Eriberto Rafael, mas há uma possiblidade de outro herdeiro ser candidato a estadual e Rafael permanecer na Casa José Mariano.
RÁPIDAS
GUERRA POR ESPAÇO – Os pré-candidatos a governador da Oposição, Raquel Lyra (PSDB) e Miguel Coelho (DEM), vêm fazendo agendas parecidas e mirando as mesmas lideranças. Num dia um tira foto e comemora a adesão de tal político, no outro o gesto é repetido pelo adversário. Nesta semana, os olhos de ambos se voltaram para o Araripe.
VITRINE – A cidade de Serra Talhada virou parada obrigatória de quem passa pelo Sertão de olho na eleição. A prefeita Márcia Conrado (PT) se transformou em uma vitrine de gestão, além de consolidar sua liderança regional no comando do consórcio. O ex-prefeito Luciano Duque deve passar dos 20 mil votos só em Serra, com a benção de Márcia.
MATA NORTE – O deputado Isaltino Nascimento, líder do Governo na Alepe, reuniu as lideranças que apoiam seu projeto em um hotel, em Goiana. Isaltino vem expandindo seu nome na região, que tem tradição de votar em candidatos de esquerda.
DE OLHO EM 24 – Nem passou a eleição de 22, mas em Carpina já se fala no pleito municipal de 2024. Por onde passa, o empresário Júnior de Val é perguntado se vai mesmo se vai entrar na disputa. Ele não nega e mostra que sonha em concorrer. Está sendo costurado para que ele tenha em seu palanque o prefeito Botafogo
PINGA-FOGO: Ainda há clima entre Raquel e Miguel para uma eventual unidade?