Coluna da quinta | Os prematuros movimentos pela Mesa Diretora da Alepe
Qualquer movimento hoje visando a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa para a próxima Legislatura é prematuro, no sentindo primeiro da palavra: que amadurece antes do tempo próprio. Além disso pode causar um efeito reverso. Seja pela presidência ou pela primeira-secretaria – conhecida como Prefeitura da Casa -, os postulantes terão que por obrigatoriedade esperar a eleição do dia 30.
Toda configuração muda dependendo de quem vencer a eleição de governadora. Se for Raquel Lyra, o PP tem grande chance de emplacar o nome do presidente. O deputado Antônio Moraes vem ganhando força dentro da sigla por uma série de fatores que ele reúne. Por sua vez, se Marília Arraes vencer, ela poderá construir dois caminhos. O primeiro seria uma solução caseira, com Luciano Duque ou Gustavo Gouveia. A outra alternativa é compor com uma ala do PSB e eleger um nome que passe pelo crivo dos dois lados.
Essa não é uma equação fácil de fechar. Os deputados Álvaro Porto e Izaias Régis também sonham em ocupar uma posição de destaque, aumentando o desafio para Raquel, porque ambos são filiados ao seu partido e aliados de primeira hora. Já Marília terá que apaziguar os ânimos daqueles que não estiveram com ela na eleição, mas possivelmente vão compor o Governo. Simone Santana, aliada de Marília, tem sido lembrada como uma opção.
Mas repito, tudo isso é prematuro demais sem o veredito de suaa excelência, o povo, nas urnas neste segundo turno. O novo ou nova presidente terá a missão de unir a Casa, após uma eleição eletrizante. Além disso, já se articulará uma vaga do TCE, que desta vez terá indicação da Assembleia. Essa cadeira no Tribunal de Contas fará parte inexoravelmente de todas as conversas que envolvam a eleição do dia 1º de fevereiro.
Dois movimentos ainda precisam ser registrados. O primeiro do atual presidente Eriberto Medeiros em torno do nome de Aglailson Victor. Um outro é o voo solo do deputado Alberto Feitosa, pelo tamanho que saiu das urnas e por ter uma bancada mais à direita que possa conceder a ele uma largada.
Dizem quem eleição de Mesa é pior que a própria eleição do mandato. Não é uma costura fácil!
1ª SECRETÁRIA - Quem se lançou para este posto foi o ex-prefeito e deputado eleito Danilo Godoy. Filiado ao PSB, ele traz o argumento do peso da legenda, que fez 14 deputados. Em outras palavras, a sigla tem força para ocupar um cargo de destaque na Mesa pela proporcionalidade.
SEM POLITIZAR – Foi o que pediu o presidente estadual do PT, Doriel Barros, após o cancelamento da agenda da ex-presidente Dilma Rousseff no Estado, por causa de um choque de agenda com a candidata Marília Arraes (SD). Esse é um tipo de tema que seria melhor se fosse tratado dentro do partido. Mas, tem uma ala dentro do próprio PT que vem trabalhando contra a campanha em Pernambuco. Esse partido é muito complexo!
LULA FOCA NO SUL E SUDESTE – À coluna, membro da coordenação nacional da campanha do ex-presidente Lula confirmou que o foco do líder do PT será em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. “A Bahia pode ser que entre, por ser o quarto maior colégio eleitoral do País e termos um candidato competitivo que precisa da imagem ao lado de Lula”, revelou a fonte. Havia uma expectativa de que o ex-presidente voltasse a Pernambuco na próxima semana e fizesse um ato entre Petrolina e Juazeiro da Bahia.
RÁPIDAS
BRASÍLIA – A deputada federal eleita Iza Arruda (MDB) está em Brasília pela primeira vez desde a eleição. Ela vem cumprindo uma agenda intensa tanto na Câmara dos Deputados como junto com a direção nacional do seu partido. Ontem, ela participou da reunião da bancada eleita do MDB com o presidente nacional da legenda Baleia Rossi.
RACHA EM GRAVATÁ – Após declarar voto em Raquel Lyra o vice-prefeito de Gravatá Darita foi exonerado do cargo de secretário de Turismo da cidade. Isso porque o prefeito Padre Joselito declarou apoio à Marília Arraes. Ao menos o gestor deu um passo em comum com o deputado Waldemar Borges, após algumas rusgas entre eles nos últimos dias.
CLÁSSICO – A eleição presidencial promete ser um verdadeiro clássico entre Lula e Bolsonaro. O cenário apontado pelo Datafolha divulgado ontem é de empate técnico. A virada em São Paulo, e sobretudo em Minas Gerais, colocou Bolsonaro na cola de Lula. A apuração vai lembrar Dilma e Aécio em 2014. Como diz Galvão Bueno: Haja coração!
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