“A gente já viu candidato fugir de sabatina. Será que vão enfrentar a competência do nosso candidato?”, afirma Teresa Leitão
Foto: Marcus Mendes
É na argumentação e na comparação que os prefeitos poderão mostrar quem é o candidato da Frente Popular, Danilo Cabral (PSB). Foi o que disse a candidata à senadora Teresa Leitão (PT) no encontro com mais de cem prefeitos pernambucanos na arrancada da campanha oficial da campanha da Frente Popular. Teresa ressalta que, quem fez e sabe fazer, mostra nas sabatinas. “A gente já viu candidato fugir de sabatina. Imagine quando o debate for frente a frente… Será que esses candidatos vão para o debate? Será que vão enfrentar a competência do nosso candidato?”, questionou, destacando que a condição política de Danilo começou a ser demonstrada em três ou quatro sabatinas já realizadas.
O chamado de Teresa Leitão foi incisivo: “A eleição precisará de todos os braços, de todas as pernas, de muito coração batendo”. Para Teresa, “botar emoção numa campanha é tratar a nossa dimensão subjetiva e humana, que nesse mundo precisa ser casada com a esperança”. Teresa reforçou que os governantes precisam de apoio em suas casas legislativas. Lula precisa na Presidência de uma bancada forte no Congresso Nacional, com deputados federais, senadores e senadoras; Danilo, por sua vez, precisa enquanto governador de uma bancada grande na Assembleia Legislativa.
Se eleito, Lula vai precisar de “um cinturão de governadores que combinem com ele, que tenham o mesmo perfil político-administrativo e ideológico”, e, nesta eleição - pontuou Teresa - é preciso falar de ideologia política. Como argumento, ela ressaltou que foi “o consórcio dos governadores do Nordeste que ajudou no enfrentamento da pandemia numa hora que Bolsonaro deu as costas para o povo”, enquanto Bolsonaro dizia que, se tomasse a vacina, virava jacaré, imitava uma pessoa com falta de ar, e dizia que a pandemia era só uma gripezinha. “Quem não olha com compaixão, compromisso e humanidade, não é capaz de fazer um bom governo”, disse.
Teresa lembrou que, da fome, da miséria e do desalento, prefeitos e prefeitas talvez conheçam melhor porque representam a porta onde o cidadão e a cidadã primeiro batem e procuram quando precisa: “Vocês sabem como é administrar o FPM pequeno, vocês sabem como é administrar sem a Bolsa-família, sabem como é administrar com o recurso per capita da merenda de R$ 0,32, de R$ 0,51 e um reajuste de 34% aprovado pelo Congresso no orçamento foi vetado por Bolsonaro”, referindo-se ao presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro.