Usinas pernambucanas enfrentam custos elevados para a produção de cana

O custo de produção da cana de açúcar está aumentando em Pernambuco devido à infestação de pragas nos canaviais, como a ferrugem, capim-colonião e ainda a cigarrinha, que está mais intensa na Zona da Mata Sul, região de maior produção da cana local. Além disso, a elevação da moeda americana, o dólar, também está trazendo prejuízos para a produção, já que o combate às pragas aumenta o custo do produtor e ressalta a necessidade de insumos, como fertilizantes e herbicidas, que têm os preços atrelados ao dólar em alta.

Faltam poucas semanas para as usinas pernambucanas voltarem a moer, pois as atividades ficam intensas em meados de agosto. Todavia, em entrevista concedida ao programa CBN Recife, o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, Alexandre Lima, ressaltou que se os produtores não tiverem bonificações fora o preço referencial, pago pelo Conselho de Produtores de Cana, Açúcar e Etanol do Estado (Consecana), terão prejuízo. “As cooperativas com certeza vão pagar uma bonificação aos seus cooperados para cobrir esse déficit, em torno de 15% na tonelada de cana”, afirma Alexandre. 

No entanto, apesar das dificuldades que serão enfrentadas pelos produtores, o presidente afirmou que a oferta não será impactada, visto que o inverno aconteceu dentro dos padrões esperados. “Acredito que Pernambuco deve manter a sua produção do ano passado, que girou em torno de 13 milhões de toneladas de cana. Este ano deveremos oscilar um pouquinho, talvez  pra cima, mas deve ter a mesma oferta”, destaca Lima. 

Confira outras informações através da entrevista com Alexandre Lima, disponível no play acima.