Universidades públicas se pronunciam após bloqueio no orçamento do Ministério da Educação
Os R$ 2,4 bilhões são referentes às verbas de custeio, isto é, dinheiro aplicado nas despesas com contratos de prestação de serviços, aquisição de materiais de consumo e concessão de bolsas aos estudantes
Foto: Divulgação/UFRPE
Após envio de mensagem, feito nesta quarta (05), pelo Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal à 113 universidades e institutos federais de todo o Brasil, anunciando a retenção de R$ 2,4 bilhões de despesas discricionárias das unidades de ensino, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) denuncia a retenção como, na verdade, um bloqueio de verbas que “coloca em risco todo o sistema das universidades”.
Os R$ 2,4 bilhões são referentes às verbas de custeio, ou seja, referente ao dinheiro que é aplicado nas despesas com contratos de prestação de serviços (terceirizados - limpeza e vigilância), aquisição de materiais de consumo (material de escritório a papel higiênico; contas de água e luz), funcionamento dos restaurantes universitários e concessão de bolsas e benefícios aos estudantes.
Segundo a Secretaria de Planejamento e Orçamento, o montante equivale, somente, “à 5,8% da dotação anual das despesas discricionárias de cada instituição” e que “há a perspectiva de liberação dos limites estornados no mês de dezembro”.
No entanto, de acordo com o Professor de Economia, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Luiz Maia, esse novo contingenciamento coloca em risco a operação de toda a universidade porque, (I) ele não é o primeiro feito este ano, e subtrai do que estava planejado e que constava do orçamento; (II) porque o orçamento das universidades já havia sido planejado abaixo das necessidades para o desempenho satisfatório do sistema; (III) e porque são recursos que iriam pagar conta de luz, limpeza, vigilância e outras despesas sem as quais a atividade torna-se arriscada e/ou até mesmo inviável.
Ainda segundo o professor Luiz Maia, mesmo que o governo aponte a perspectiva da futura liberação dos recursos em dezembro, boa parte das universidades poderão se ver inadimplentes em seus respectivos contratos até lá.
A CBN Recife entrou em contato com Marcelo Carneiro Leão, reitor da UFRPE, e segundo ele levantamentos já estão sendo feitos, e uma reunião extraordinária do conselho pleno da Andifes foi marcada para às 10h, desta quinta-feira (06), para debater as ações e providências que serão tomadas.
Confira mais informações na reportagem de Assíria Florêncio disponível no play acima.
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 03/12/2024
Governo de Pernambuco anuncia 52 novas creches e núcleo de apoio aos municípios
Equipamentos já foram licitados e aguardam ordem de serviço
- Por REDAÇÃO
- 02/12/2024
Olinda inicia matrícula para alunos novatos a partir desta segunda-feira
As inscrições seguem até o dia 27 de dezembro
- Por REDAÇÃO
- 29/11/2024
IBGE oferece oficinas gratuitas sobre Políticas Públicas na era digital
As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de janeiro de 2025 pelo site...
- Por REDAÇÃO
- 29/11/2024
Igarassu cria política antirracista para rede municipal de ensino
O projeto será discutido pelos vereadores e se propõe a ir além da Lei...
- Por REDAÇÃO
- 26/11/2024
Apenas 29% das cidades de Pernambuco possuem política de alfabetização, diz TCE-PE
O estudo foi coordenado pelo Comitê Técnico de Educação do Instituto Rui...
- Por REDAÇÃO
- 25/11/2024
SSA 3 tem 17,75% de abstenção nos dois dias de prova
Dos 15.068 inscritos, 2.675 não chegaram aos locais de aplicação do...