UFPE relata dificuldades em implantar aulas EAD no período de pandemia

Apesar de o Ministério da Educação (MEC) ter autorizado, diante da pandemia do coronavírus, a substituição de aulas presenciais das instituições federais de ensino por aulas no formato de ensino à distância, muitas, na prática, não conseguem adotar o formato. A autorização, válida para as universidades federais, institutos federais, o Colégio Pedro II, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), o Instituto Benjamin Constant (IBC) e universidades e faculdades privadas, esbarra no fato de que em algumas instituições é alto o percentual de alunos de baixa renda, que não possuem equipamento adequado para o acompanhamento das aulas online. Outro fator complicador é a existência de uma portaria para cursos EAD proibindo alguns deles de ser ministrados à distância, como é o caso do curso de Medicina.

Segundo o Reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Alfredo Macedo Gomes, o sistema de cotas implantado na universidade em 2012 aponta um quantitativo de 35% dos alunos com renda abaixo de um salário mínimo e meio. Sendo assim, a instituição optou por não implantar o ensino à distância neste momento. De acordo com o reitor, as informações de especialistas e das autoridades sanitárias em geral, indicam um prazo ainda maior de suspensão, de cerca de dois a três meses. Atualmente a Universidade Federal de Pernambuco possui 42 mil alunos, distribuídos em 109 cursos, sendo 104 deles, presenciais.

Mais informações com a repórter Cynthia Ventura.