No recorte feito, a maior taxa de pessoas em extrema pobreza ficou com a capital pernambucana, que apontou 13% da população nessas condições
Foto: Divulgação / G1
Em 2021, o Brasil registrou um triste recorde na quantidade de pessoas em situação de pobreza. De acordo com os dados do 9º Boletim de Desigualdade nas Metrópoles, produzido pelo Observatório das Metrópoles em conjunto com a PUC do Rio Grande do Sul e a Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), mostram que 19,8 milhões de brasileiros das regiões metropolitanas vivem em situação de pobreza. O cenário ganha contornos dramáticos no recorte feito para o Recife, que registrou a maior taxa de pessoas em extrema pobreza, com 13%, aproximadamente mais 600 mil recifenses nessas condições.
Uma das causas apontadas é o corte do auxílio emergencial, a disparada da inflação e a retomada insuficiente do mercado de trabalho, como explica o economista Jorge Jatobá, que aponta o desemprego como um dos principais fatores desse aumento da extrema pobreza.
Pelos dados, de 2020 para 2021, mais de 3,8 milhões de pessoas ultrapassaram a linha da pobreza. Apontando agora 19,8 milhões de brasileiros nessa linha, o número equivale a 23,7% da população brasileira dessas regiões em situação de pobreza.
O salto da pobreza e extrema pobreza vem acontecendo há algum tempo. Nos últimos três anos as metrópoles brasileiras tiveram um aumento significativo de pessoas em situação de pobreza quando o país se deparou com a pandemia da Covid-19. Se antes existiam pessoas nessas condições e eram ignoradas, agora esse número dobrou e evidenciando a má distribuição de renda para a população. Em 2021. o Recife registrou uma queda no rendimento entre a população pobre indo de R$354 para R$246.
O Economista Jorge Jatobá, ainda afirmou que existe uma conexão entre a pobreza e a economia.
Por fim, em números exatos, a taxa de extrema pobreza saltou de 2,7% para 6,3% entre 2014 e 2021, passando de 2,1 milhões para 5,2 milhões de pessoas nessas condições em todo o país.
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