Professores da rede estadual decretam estado de greve em Pernambuco e pedem novo projeto de lei ao governo

Professores da rede estadual de ensino de Pernambuco decidiram, após assembleia da campanha salarial 2023, decretar estado de greve a partir da segunda-feira (12).  A categoria não conseguiu acordo com a governadora Raquel Lyra (PSDB), e cobra mais do que os 14,95% de reajuste para quem recebe atualmente abaixo do piso, no valor de R$4.420,55 este ano. 

Segundo o sindicato dos profissionais da educação do Estado (Sintepe), a proposta apresentada pelo Estado à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) só contempla pouco mais de 6 mil professores. A presidenta do Sintepe, Ivete Caetano destaca que a medida em tramitação na Alepe desrespeita a categoria.

Até o momento, a medida foi aprovada pela Casa Joaquim Nabuco em duas comissões, no entanto, será analisada pela comissão de educação da casa legislativa, que tem como relator, o deputado João Paulo (PT), que já se mostrou contrário ao reajuste proposto pela governadora. Apesar de decretar o  estado de greve, a categoria se mostrou aberta ao diálogo, como explica Ivete Caetano.

O estado de greve dá início a uma série de mobilizações, no entanto, não significa que a paralisação será imediata nas aulas das unidades de ensino. A medida de reajuste apresentada pela governadora deve entrar em votação até o final de junho. O Sintepe garantiu presença em massa nas galerias da Assembleia Legislativa de Pernambuco, além da realização de vigílias no Palácio do Campo das Princesas e conversas com deputados estaduais.

Ouça a notícia com o repórter Guilherme Camilo, clicando no 'play' acima.